Agitado, falante e transformou-se no símbolo da Macaca Campineira

Agitado, falante e transformou-se no símbolo da Macaca Campineira

Ednilson Valia, fale com o jornalista clicando aqui ou no twitter:  @eddycalabres

 

O Antonio Carlos Vieira, o Mineirinho, deixou a cidade de Juréia, no Sul de Minas Gerais, para passar as férias na casa do avô e fez de Campinas a sua morada desde 1972. No interior paulista, ganhou filhos, esposa, a loja Minas Som e um amor para toda a vida: a Associação Atlética Ponte Preta.

O mineiro é inquieto, não parar de falar, engole palavras e às vezes nem respira quando o assunto é a “macaca”. Aos 14 anos descobriu a agremiação alvinegra, quando curtia férias na casa do avô, arrumou o primeiro emprego, ficou apenas oito dias, depois outro, que também labutou pelo mesmo período até se encontrar na vida no ramo de eletrônicos, tudo devido a um “robô”, que andava e falava e era muito observado por horas em todos os dias, até o dono “cansar” da sua presença e convidá-lo para trabalhar na loja como office-boy.

Fixado na região, fez novas amizades e começou a receber convites para assistir os jogos da Ponte e o seu “pé quente” conquistou fama e dentro de um “fusquinha“ vermelho desbravou  o país com outros quatro amigos.  

Viajou para o Rio de Janeiro, Brasília, Manaus e chegou a São Paulo, em 1976, para assistir Portuguesa e Ponte Preta, no estádio do Pacaembu, após o jogo deu carona para a também ponte-pretana Denilze e  anotou o seu primeiro gol, a filha Beatriz.

De lá para cá, casou-se, nasceram mais dois filhos, claro que todos são ponte-pretanos e muita confusão arrumou; como no dia que juntou toda a imprensa frente ao Moisés Lucarelli para fazer o enterro simbólico do Guarani e depois sofreu ameaças dos torcedores bugrinos e por três meses recebeu a escolta de seguranças destinados pela Ponte. 

Gosta de relembrar que em todas as suas roupas tem a sigla AAPP (Associação Atlética Ponte Preta), que o seu craque eterno é o Dicá, “aquele que calou a “Fiel Torcida” no maior público da história do Morumbi”, e que o zagueirão Oscar é tão seu amigo que apadrinhou o seu filho e  antes de morrer sonha em ver a Ponte Preta campeã.

 

Últimas do seu time