O Palmeiras controlou a maior parte do jogo, mas sofreu com a ineficiência na marcação

O Palmeiras controlou a maior parte do jogo, mas sofreu com a ineficiência na marcação

Danilo Lavieri e José Edgar de Matos
Do UOL, em São Paulo (SP)

O Palmeiras sofreu muito na noite desta quarta-feira (12) na 3a rodada da Copa Libertadores da América. Parecia até replay do jogo contra o Jorge Wilstermann. E, assim como no primeiro triunfo pelo torneio sul-americano, o gol que garantiu os três pontos veio nos minutos finais, com Fabiano, praticamente no último lance de partida. Vitória por 3 a 2 e liderança do Grupo 5 com novo roteiro dramático.

A diferença fundamental é que desta vez a equipe brasileira massacrou o adversário. Perdeu pênalti, errou mais de três gols na cara e até um sem goleiro. Mas com os três pontos o time mantém a liderança do grupo 5, agora com sete pontos, um à frente do vice-líder Jorge Wilstermann.

O Palmeiras controlou a maior parte do jogo, mas sofreu com a ineficiência na marcação de jogadas aéreas. Deste modo, os uruguaios vazaram Fernando Prass com Arias e Gastón Rodríguez, após rebote do goleiro. Willian – que desperdiçou chance incrível na parte final do duelo – e Dudu anotaram os gols palmeirenses.

Mas o ápice veio no fim, exatamente aos 54min. Nos acréscimos, na base da pressão, Michel Bastos cobrou escanteio na medida para Fabiano anotar o gol da vitória da equipe de Eduardo Baptista, que novamente vai buscar os três pontos de maneira dramática.

A equipe alviverde retorna a campo pela Copa Libertadores somente no próximo dia 26, quando encontrará novamente o Peñarol, desta vez no Estádio Campeón Del Siglo, em Montevidéu. Antes, no domingo, o time alviverde pega a Ponte Preta, em Campinas, pelo primeiro duelo semifinal do Campeonato Paulista.
Quem foi bem: Guerra

Os 6min insanos do Palmeiras no retorno do intervalo contaram com a colaboração de Alejandro Guerra. O segundo gol palmeirense saiu dos pés de Alejandro Guerra. A chance incrível perdida por Willian saiu dos pés de Alejandro Guerra. O meio-campista venezuelano, mais uma vez, criou as principais oportunidades palmeirenses e foi a principal alternativa de criatividade do time mandante.

Quem foi mal: Miguel Borja

Uma chance perdida, um pênalti perdido e reclamações visíveis a todos no Allianz Parque. Miguel Borja teve uma noite para se esquecer diante do Peñarol. Embora decisivo no segundo gol palmeirense ao desviar de cabeça para Guerra, o camisa 12 perdeu uma oportunidade clara, isolou um pênalti e ainda saiu insatisfeito ao ser substituído por Eduardo Baptista. O cooler sofreu com a ira do centroavante.

`Ousado´ também é calmo

As provocações logo na apresentação em relação aos uruguaios do Peñarol pararam na entrevista concedida um dia antes do duelo. No entanto, Felipe Melo acabou testado na noite desta quarta-feira. Demorou apenas 3min para o primeiro atleta do Peñarol se estranhar com o volante, mas o experiente meio-campista respondeu com frieza. Cabeça no lugar e boa distribuição de jogo renderam mais uma noite de aplausos para o jogador, que deixou a partida na metade do segundo tempo

Resposta imediata

Sob a responsabilidade de propor o jogo, o Palmeiras encontrou dificuldades diante da marcação bem compacta do Peñarol. Ainda mais por sair em desvantagem no placar, a pressa apareceu durante a primeira etapa. No entanto, os 15min de intervalo beneficiaram a equipe de Eduardo Baptista. Ao explorar o fundo e rondar a área rival, chegou ao empate logo com 1min da segunda etapa: Willian anotou o sexto gol na temporada.

`Esporro´ goleador

Em meio à pressão alucinante imposta pelo Palmeiras no reinício de partida, Eduardo Baptista aproveitou uma pequena pausa para chamar a atenção de Borja. O treinador corrigiu aos gritos o posicionamento do atacante e `construiu´ o gol da virada. O camisa 12 se posicionou onde o treinador queria e desviou para Guerra, que avançou e deu a assistência para Dudu anotar o segundo tento palmeirense com apenas 6min.

Peñarol acha o gol na 1ª chance

A equipe uruguaia tratou de anular o Palmeiras antes de propor o jogo. Com a bola nos pés, explorou bem a deficiência adversária na marcação pelas laterais e rondou perigosamente a área da equipe da casa. No entanto, sem efetividade até os 32min da primeira etapa. Na primeira finalização com perigo veio o gol. Cruzamento de escanteio na cabeça de Arias, que desviou forte, sem chances para Fernando Prass.

Força, Borja

Mais alto investimento da Crefisa para a temporada do Palmeiras, Miguel Borja recebeu uma ação carinhosa dos torcedores na noite desta quarta-feira. O camisa 12 assumiu a responsabilidade para bater o pênalti sofrido por Dudu. Todavia, a finalização passou sobre o gol de Guruceaga. O abatimento veio de imediato, mas todo o público alviverde no Allianz Parque tratou de aplaudir o colombiano, que posteriormente ainda desperdiçou nova chance.

Um minuto?

Apesar dos três pontos conquistados e a liderança consolidada do Grupo 5, o Palmeiras saiu do Allianz Parque incomodado com a arbitragem de Roddy Zambano. O gerente de futebol Cícero Souza, assim que o quarto árbitro levantou a placa de acréscimos de um minuto na etapa inicial, tratou de reclamar. O dirigente esperou a saída do árbitro ainda para conversar com o profissional responsável por disciplinar o duelo.

`Faz barulho para o Dudu, aí´

Até o locutor do Allianz Parque manifestou insatisfação com a polêmica expulsão de Dudu, já nos acréscimos do segundo tempo. Enquanto o quarteto de arbitragem deixava o gramado rumo aos vestiários, o funcionário palmeirense pediu para o torcedor `fazer barulho para o Dudu´. Imediatamente, os torcedores cantaram o já tradicional grito de `Guerreiro´ para o camisa 7 e capitão.

 

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