Mesmo com muitas contratações e a ótima impressão inicial do técnico Juan Pablo Vojvoda a verdade é que o time não embala. A defesa continua falhando nas bolas altas, o ataque nas finalizações e a diretoria em uma diretriz clara de marketing

Jogar na Vila já não garante vitórias contra times de mesmo nível técnico, como se viu no empate de 1 a 1 contra o Grêmio, em que o Santos teve de chutar seis vezes mais a gol do que o adversário (24 a 4) para fazer o mesmo número de gols.

Com tudo isso, é natural que a torcida esteja ressabiada com a possibilidade de um novo rebaixamento - que seria ainda mais desastroso do que na vez anterior, pois agora o clube está mais endividado, e a Série B, como se sabe, desvaloriza a marca e paga prêmios menores.

Nessas horas sempre surgem especulações sobre o futuro do Santos e uma tendência que cresce entre sócios e torcedores é a de que o clube se transforme em uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol), o que teoricamente lhe daria uma gestão mais profissional e isenta.

No novo formato acabariam os privilégios e compadrios. Jogadores seriam escalados pelo rendimento nos jogos e treinos, nunca pelo nome ou pela amizade com o técnico, dirigentes ou patrocinadores.

Torcidas organizadas teriam uma influência bem menor do que têm hoje e suas ameaças e agressões seriam punidas como crimes comuns.

A escolha dos locais de seus jogos e mesmo a construção de um novo estádio obedeceriam a critérios estritamente mercadológicos, tais como: onde o time atrai mais público e onde tem mais visibilidade e dá mais retorno aos patrocinadores.

Enfim, para muitos santistas chegou a hora de o Santos repensar decisões que o estão apequenando gradativamente, e a mais importante delas é deixar o romântico amadorismo de lado e tornar-se um clube profissional, dirigido por gestões que saibam potencializar sua marca lendária e sua enorme torcida.