Sim, o Palmeiras é o time da temporada 2020. E é a equipe a ser superada em 2021. Além dos títulos – Paulista, Copa do Brasil e Libertadores da América -, o clube deu uma aula de gestão e planejamento.
É preciso recuar ao início do ano passado para entender o processo. Ao dispensar o caro diretor executivo de futebol Alexandre Mattos, o Verdão optou por um perfil completamente diferente para ocupar a posição. Anderson Barros é discreto e cirúrgico. Não gosta de aparecer ou dar entrevistas e gastou o mínimo com reforços. Mas é na escolha do substituto de Vanderlei Luxemburgo, já no segundo semestre do ano passado, que o executivo mostrou qualidade. Abel Ferreira era, até então, um ilustre desconhecido. De aposta, passou a ser um dos principais treinadores em atividade no Brasil.
Outro pilar importante neste processo é o presidente Mauricio Galiotte. Apesar de ter virado as costas para o seu criador – o ex-presidente Paulo Nobre – e de ter sucumbido em determinados momentos ao dinheiro fácil do patrocinador afim de avaliar contratações questionáveis, agora o dirigente parece ter encontrado o equilíbrio necessário para não ferir o cofre da instituição e montar um grupo qualificado e competitivo.
E esse grupo passa pela aposta nas categorias de base e em mais uma estrutura importante: João Paulo Sampaio. Esse rapaz que nunca aparece e que procura se manter distante dos holofotes é, desde 2015, o grande responsável por organizar os jovens que chegam com qualidade ao time profissional. Historicamente um péssimo revelador de craques, esse jogo começou a virar quando o Palmeiras descobriu que não há outro caminho a seguir que não seja o de despejar investimentos e recursos com a molecada. Danilo, Gabriel Menino, Patrick de Paula são apenas alguns nomes que já trouxeram títulos e vão colocar bastante dinheiro na conta corrente palmeirense.
É claro que isso tudo pode mudar rapidamente, o Flamengo é o melhor exemplo disso. Os cariocas terminaram a temporada 2019 apontando que dificilmente algum outro clube o superaria, mas bastou a saída de uma peça – Jorge Jesus – para a hegemonia ruir e o Palmeiras ocupar o espaço de protagonista.
E enquanto essa eventual nova reviravolta não acontece, o torcedor do Verdão pode celebrar este momento épico.
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