O treinador, que chegou ao Atlético aclamado após a queda de Paulo Autuori, ainda não conseguiu diagnosticar o que tem em mãos para fazer o Atlético voltar a ser um time vencedor

O treinador, que chegou ao Atlético aclamado após a queda de Paulo Autuori, ainda não conseguiu diagnosticar o que tem em mãos para fazer o Atlético voltar a ser um time vencedor

Volto a escrever aqui, depois de um período de descanso bem mais longo do que pretendia e pegando uma carona no título da biografia do técnico Levir Culpi, que vai ser lançada no mês que vem, em Curitiba, e que vai ter o título de “O Burro com Sorte”.

O treinador, que chegou ao Atlético aclamado após a queda de Paulo Autuori, ainda não conseguiu diagnosticar o que tem em mãos para fazer o Atlético voltar a ser um time vencedor. Por enquanto, confiando mais nas indicações do preparador físico Carlinhos Neves, Levir Culpi só pôde experimentar opções e observar o que o antigo treinador deixou de legado para ele. Um legado, até certa forma, maldito, já que Autuori conseguiu acabar com aquilo que Cuca tinha feito de bom no Galo, que era a alegria de jogar e o futebol ofensivo e vistoso.

Contra o Goiás não foi diferente. Levir resolveu testar algumas opções até mesmo para saber com quem pode contar. Arriscou a perda de 3 pontos, que foi o que aconteceu, mas já viu que não pode contar com algumas peças. Tanto que pediu uma reunião com o presidente Alexandre Kalil justamente para falar sobre a montagem do elenco.

Certo é que Levir vai ter trabalho. Ele chegou trombando de frente com um grupo acomodado, um grupo de estrelas, acostumado com mimos e trouxe este grupo para fora da zona de conforto, expondo publicamente esta acomodação e a necessidade de mudança, seja ela de postura ou de peças.

Falando em peças, passou da hora também da diretoria se mexer na qualificação do elenco com jogadores que realmente agreguem ao time quando os titulares estiverem ausentes ou até mesmo em um momento ruim de um jogador considerado fundamental como tem acontecido ultimamente. Depois da Copa vamos ter o retorno do Luan, mas ainda é muito pouco diante de tantas deficiências que o time tem. Mas é para trazer jogador de qualidade. É para trazer jogador reconhecido. O próprio presidente Alexandre Kalil já disse que na gestão dele o torcedor não precisaria ir ao Google para saber quem era o jogador que ele estava trazendo e a solução para a lateral esquerda em 2014 sequer no Google a gente conseguia informações a respeito. Mandamos o Junior César embora que, vá lá, é reserva no Botafogo mas ainda assim era melhor do que qualquer um dos nossos, para que?

Custa ter um observador técnico decente? Alguém que rode o mercado sulamericano, que assista in loco as partidas dos potenciais reforços antes que eles se destaquem a ponto de chamarem a atenção de clubes da Europa ou de outros grandes clubes brasileiros e, a partir daí, abrir leilão? Ou vai me falar que os irmãos Romero e o Julio dos Santos, do Cerro, o Valência, Cardona e Cárdenas, do Nacional de Medellin, o Gedoz e o Arrascaeta, do Defensor, dentre outros bons jogadores revelados na Libertadores deste ano, surgiram do nada? É óbvio que não. Cárdenas mesmo há anos pinta como revelação no futebol colombiano e ninguém vê.

O burro está sem sorte, mas vai ter muito tempo para trabalhar e deixar o time com a cara que ele quer. Só não pode é ficar sem pontuar até lá e distanciar demais da ponta da tabela. Ano que vem temos que estar na Libertadores novamente.

Saudações Alvinegras,

No Twitter: @Igortep

Foto: UOL

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