Hoje no Atlético-MG, o técnico Levir Culpi ainda é credor do Fluminense

Hoje no Atlético-MG, o técnico Levir Culpi ainda é credor do Fluminense

Leo Burlá
Do UOL, no Rio de Janeiro

O técnico Levir Culpi foi demitido em novembro de 2016, mas sua presença ainda segue muito viva no Fluminense. Credor do tricolor até hoje, o treinador do Atlético-MG, indiretamente, foi "responsável" pela greve dos jogadores. O Flu aguardava o repasse de um dinheiro para ontem, só não contava que o atleticano havia bloqueado a conta bancária tricolor por vias judiciais.

Imobilizados, os dirigentes do clube ficaram sem ação e não puderam quitar os atrasados, algo que estava previsto para ontem. Poucas horas depois, o elenco do Tricolor optou por paralisar os trabalhos de campo por um dia.

Apesar de admitirem os débitos, os dirigentes não esperavam por esta medida, ainda que o elenco tenha tido o seu direito respeitado. Não há agora uma data certa para que a situação seja normalizada, mas a expectativa é que as atividades sejam retomadas hoje.

"Ainda não temos essa solução e estamos buscando. A ação dos jogadores foi apenas hoje, não quer dizer que não vão treinar mais. Amanhã estarão estão aqui normalmente. A gente fica triste, mas compreende em função do que temos de pendência com eles", detalhou o diretor de futebol Paulo Angioni.

No vestiário do CT do Tricolor, os jogadores tiveram uma longa conversa com o técnico Fernando Diniz e expuseram a insatisfação com as seguidas dívidas. Após o encontro a portas fechadas, o grupo decidiu que não faria a atividade no gramado.

"É uma posição do grupo no sentido de busca de um acerto melhor no cumprimento das obrigações, nada mais do que isso. É uma situação da direção para equacionar as dificuldades e cumprir com os compromissos. Isso é uma coisa que incomoda, e temos de respeitar, sem criar nenhum tipo de atrito", disse Angioni.

As pendências incluem 13º salário de 2018, o mês de janeiro de 2019 e algumas premiações, dentre elas a prometida pela classificação na primeira fase da Copa do Brasil, visto que a equipe passou pelo River (PI).

Como alternativa ao dinheiro "congelado" pelo treinador, o Flu aguarda a segunda parcela da venda de Ibañez para a Atalanta, o que pode representar a solução para a questão.

Foto: NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C.

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