Os testes de pré-temporada geralmente mascaram muitas coisas.
Lembro de alguns times, nos anos 80 e 90, entre eles Arrows, Ligier e Sauber, que apareceram no topo das tabelas de tempos, ou próximo deles, com a clara intenção de estamparem bons patrocinadores em suas carenagens.
Para tanto, andavam como carros abaixo do peso, gasolina com maior octanagem e motores fora do regulamento. Alguns caiam na "pegadinha".
Há também a turma que se utiliza do famoso expediente "João sem braço", escondendo o jogo da concorrência, com a intenção de evitarem ser copiadas. Faz parte.
Mas, para o próximo ano, com a radical mudança nos carros, que terão novas dimensões e, sobretudo, impulsionados por motores totalmente diferentes, os 1.6 V6 turbo, não haverá muito espaço para blefes.
Em um mês, entre 28 e 31 de janeiro, as equipes estarão na Espanha, em Jerez, para começarem a medir forças.
Muito tem se falado que será a Mercedes aquela que terá o motor mais forte, ao menos no começo. É um chute tão impreciso quanto foi o do lutador brasileiro na luta em Los Angeles.
Só os dinamômetros, onde os propulsores vem sendo exaustivamengte testados, tem as respostas. Claro, os engenheiros que mapeiam seus números.
De qualquer forma, se os "chutes" estiverem certos, as quatro equipes que recebem seus motores, a própria Mercedes, McLaren, Williams e Force India, em tese, iniciam a temporada em melhores condições.
Também em tese, a Mercedes, que hoje conta com um corpo técnico de primeira linha, pode ser a melhor entre as quatro.
Em 2013, entre as quatro, foi ela quem construiu o melhor chassi, a despeito do problema inicial do crítico consumo excessivo de pneus, mais notadamente na primeira metade da temporada.
Mas em 2014 os carros praticamente partem do zero em seus projetos, por isso não custa lembrar da surpresa que acontecem em 2009, com a Brawn-GP, coincidentemente impulsionada pelos poderosos motores da Mercedes.
A Renault, que estará com a multicampeão Red Bull, Lotus e Toro Rosso, já avisou que está atrasada e pode até ter dificuldades para disponibilizar unidades para os testes de Jerez. O time do tetracampeão Vettel não está gostando nada dessa história.
Os quatro derradeiros dias de janeiro trarão respostas para a tendência do próximo ano na Fórmula 1.
É possível que algum motor quebre nesses treinos e isso também será um bom indicativo.
No começo de 2009, quando Button e Barrichello guiaram a Brawn pela primeira vez, sairam tão elizes de seus carros quanto as meninas campeãs do handebol quando conquistram o título mundial na Sérvia.
Será que surgirá uma nova Brawn?
Se for a Williams, Massa terá a mesma chance que Barrichello teve em busca do sonhado título mundial.
Em um mês, as respostas!
Foto: UOL
Equipes para 2014:
Red Bull-Renault: Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo
Mercedes: Lewis Hamilton e Nico Rosberg
Ferrari: Fernando Alonso e Kimi Raikkonen
Lotus-Renault: Romain Grosjean e Pastor Maldonando
McLaren-Mercedes: Jenson Button e Kevin Magnussen
Force India-Mercedes: Nico Hulkenberg e Sérgio Pérez
Sauber-Ferrari: Adrian Sutil e Esteban Gutiérrez
Williams-Mercedes: Felipe Massa e Valtteri Bottas
Toro Rosso-Renault: Jean-Éric Vegne e Daniil Kvyat
Marussia-Ferrari: Jules Bianchi e vaga em aberto
Caterham-Renault: duas vagas em aberto
Calendário completo do Mundial da F1 em 2014:
16 de março: Austrália (Melbourne)
30 de março: Malásia (Sepang)
6 de abril: Bahrein (Sakhir)
20 de abril: China (Xangai)
11 de maio: Espanha (Barcelona)
25 de maio: Mônaco (Monte Carlo)
8 de junho: Canadá (Montreal)
22 de junho: Áustria (Red Bull Ring)
6 de julho: Inglaterra (Silverstone)
20 de julho: Alemanha (Hockenheim)
27 de julho: Hungria (Budapest)
24 de agosto: Bélgica (Spa-Francorchamps)
7 de setembro: Italia (Monza)
21 de setembro: Cingapura (Marina Bay)
5 de outubro: Japão (Suzuka)
12 de outubro: Rússia (Sochi)
2 de novembro: Estados Unidos (Austin)
9 de novembro: Brasil (Interlagos, São Paulo)
23 de novembro: Abu Dhabi (Yas Marina)
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