Peixe terminou o Brasileirão na 10ª posição, enquanto o Tricolor ficou em 14º. Foto: Ivan Storti/Santos FC

Peixe terminou o Brasileirão na 10ª posição, enquanto o Tricolor ficou em 14º. Foto: Ivan Storti/Santos FC

São Paulo e Santos chegar à última rodada do Campeonato Brasileiro com chances matemáticas de classificação para a Libertadores de 2022. Ambos não venceram suas partidas – o Tricolor perdeu, enquanto o Peixe empatou – e as vagas não vieram. No final das contas, porém, talvez tenha sido melhor assim.

A chance dos dois times paulistas era beliscar uma vaguinha através da oitava posição, cenário que levaria para a fase preliminar da Libertadores. É claro que se classificar para o torneio continental é sempre positivo, aumenta a receita, aumenta a visibilidade, enche os estádios. Mas a pré-Libertadores é cada vez mais complicada e atrapalha completamente o início de temporada das equipes.

Se conseguissem as vagas para a principal competição sul-americana, Santos e São Paulo precisariam antecipar uma série de processos em 2022 para “jogar o ano” logo nas primeiras semanas da temporada. O Peixe sofreu com isso em 2021, precisou jogar a pré-Libertadores, até avançou para a fase de grupos, mas isso gerou um trauma grande no Paulistão, onde a equipe quase foi rebaixada.

Mais do que isso: conseguir a vaga na Libertadores faria com que santistas e são-paulinos pulassem etapas importantíssimas que precisam ser cumpridas no próximo ano. As duas equipes sofreram em 2021, lutaram para não cair terão em 2021 um ano de reconstrução. Nenhum dos dois clubes tem dinheiro para altos investimentos. A tendência é de que contratem pouco e não busquem jogadores de alto patamar. Ao mesmo tempo, chegar à Liberta “obriga” a subir o investimento.

Em resumo, chegar ao principal torneio continental talvez “obrigasse” São Paulo e Santos e dar passos maiores do que aqueles que suas pernas podem dar, e ainda comprometeria o início de temporada dos clubes, que, em caso de queda na fase preliminar, poderia se iniciar já com crise.

Para são-paulinos e santistas, talvez o melhor seja pés no chão, fazer uma temporada dentro de suas realidades, potencializando equipes que podem e devem jogar mais do que jogaram em 2021.

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