A grande decepção do Palmeiras em 2019 vai além da falta de títulos, de resultados e de futebol. Passa, e muito, pelo modelo de administração escolhido por Maurício Galiotte.
Com mandato até dezembro de 2021, Maurício tinha tudo para ser o grande vencedor da história do Verdão. Pegou um clube saneado e com muito dinheiro entrando via patrocinadora, estádio, sócio-torcedor e televisão.
Hoje, o Palmeiras deve mais de 140 milhões de reais à Crefisa, tem registrado públicos abaixo da média do estádio e sofre com a debandanda de sócios-torcedores, que não aceitaram o reajuste promovido pela presidência.
Sentou na cadeira de presidente campeão brasileiro em dezembro de 2016 e conseguiu “apenas” repetir esse feito na temporada de 2018.
Em suas duas gestões ficou conhecido como chorão (por causa das sucessivas reclamações de arbitragem, desde a final do Paulista de 2018) e bananão, apelido “carinhosamente” dado pelos torcedores nas últimas semanas.
Para limpar sua barra demitiu Mano Menezes, a quem contratou, segundo ele mesmo, “por convicção”. Convicção que durou apenas três meses. Mano caiu depois de uma derrota para o líder Flamengo. Algo esperado.
Como treinador, seu principal erro foi valorizar uma partida que já nada interessava ao campeonato. A bandeira do “jogar pela honra”, “partida empblemática” só o prejudicou. Poupar titulares contra o Fluminense para priorizar o jogo contra o campeão da América não caiu bem. Mano não caiu bem.
Nas costas dos atleta
Maurício Galiotte teve, depois do jogo, a atitude que os torcedores esperavam dele desde sempre: agir como presidente. Tarde demais.
Teve pulso ao anunciar mudanças, mas derrapou ao transferir responsabilidade aos atletas. Dizer que faltou raça, entrega e que isso não era o que se esperava dos jogadores, vindo da boca do presidente tem uma interpretação inequívoca: desvalorização de patrimônio.
Como vai o novo diretor de futebol do clube negociar um atleta cujo presidente chamou de preguiçoso, indolente e sem raça?
Afinal, quem é que manda?
Maurício é uma grande decepção como presidente do Palmeiras. Tinha tudo para ser um dos mais vencedores da história. Deu liberdade demais ao ex-diretor Alexandre Mattos, assinou os cheques solicitados e naufragou na tentaiva de montagem de um elenco vitorioso.
Suceder Paulo Nobre, eu sei, não seria fácil pra ninguém. E não será.
Galiotte comprou a briga da patrocinadora para que ela se tornasse conselheira. Para isso até rachou com Paulo Nobre, que o conduziu à presidência.
Hoje ninguém sabe mais se a própria conselheira/patrocinadora manda mais no clube que o próprio presidente. Afinal, ele anunciou a saída de Mano Menezes antes mesmo da presidência, ao compartilhar postagem do Portal UOL nas redes sociais.
Vai dar treta? D'Ale e Felipe Melo se enfrentaram 6 vezes sem grandes problemas
16/07/2019Por que Ramires demora a estrear e ainda nem treinou com bola no Palmeiras
16/07/2019Palmeiras oficializa empréstimo de Guerra ao Bahia até o fim do ano
06/07/2019Maradona, Zico e Raí no Palmeiras? Quase aconteceu na 'Era Parmalat'
02/07/2019Quase esquecido, meia dá sinais de reação e ganha apoio no Palmeiras
14/06/2019