Finalmente chegou o tão esperado, tão almejado ouro olímpico. Depois de um começo pífio, empates contra África e Iraque, críticas e desconfiança, o Brasil deu a volta por cima e conquistou o único título que ainda não tinha, da Olimpíada.
A conquista, como sempre ocorre, faz aflorar a individualidade de alguns jogadores, e na decisão frente os alemães, Neymar, pelo brilhante gol de falta durante os 90 minutos, e o que nos deu o ouro (na decisão por pênaltis), quando não poderia errar, foi o grande destaque.
Mas, além do craque da camisa 10, não podemos deixar de mencionar o craque da camisa 1, Weverton, chamado as pressas para substituir Fernando Prass, cortado após contusão.
Ele, bem mais jovem que o goleiro palmeirense, também brilhou, levou apenas 1 gol ao longo da competição, pegou o pênalti decisivo, e passou enorme tranqüilidade para o grupo, principalmente depois do fiasco nos jogos iniciais.
O país festeja, pôde gritar “É campeão” pela primeira vez na Olimpíada, e de certa forma, se sentir “vingado” pelo vexame da última Copa, quando fomos humilhados pelos mesmos alemães naquela goleada histórica.
Pouco importa se os nossos adversários não trouxeram a sua principal força, diferente do Brasil, que colocou em ação um time quase completo, mas vencer em casa, o atual campeão mundial, conquistando um título inédito, devolve o sentimento de orgulho que o brasileiro estava perdendo.
Na comemoração, Neymar extravasou a pressão que carregava dentro do peito. Imediatamente após converter o quinto pênalti (do ouro), ele se jogou no gramado do Maracanã, chorou muito, desabafou... o peso era enorme, as críticas tocaram fundo o craque do Barça, não dava mais para suportar tudo em silêncio...
... que foi transformado em desabafo com a frase que tornou-se célebre dita pelo ex-técnico e coordenador da nossa Seleção, Mário Jorge Lobo Zagallo “agora vocês vão ter que me engolir”.
Ela foi direcionada para a imprensa brasileira, que o criticou pela falta de comprometimento e equilíbrio quando isso não poderia ocorrer, afinal, os capitães tem que dar exemplo.
E o craque parece ter refletido sobre isso, e declarou após a premiação do ouro, que em conversa com a sua família e seus representantes, decidiu não usar mais a braçadeira de capitão.
Tite, que fará sua primeira convocação na segunda (22/08), terá que encontrar um novo líder, mas sabe que terá do ex-capitão, dentro de campo, a mesma dedicação, esforço e comprometimento de um grande capitão.
Foto: UOL
Mágoa, gol e ouro no peito
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