Messi e Neymar, protagonistas da final da Copa América. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Messi e Neymar, protagonistas da final da Copa América. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Muito se fala sobre a diferença técnica apresentadas nos jogos da Copa América e da Eurocopa. Muitos apontam o torneio europeu como o suprassumo do futebol mundial, enquanto colocam a competição sul-americana como se fosse a Série D no cenário do planeta bola. 

Eu também acho que a Eurocopa nos apresentou neste ano um nível técnico e jogos muito mais interessantes do que o que foi visto na Copa América. Mas não concordo que isso se deva exatamente por uma suposta superioridade técnica das seleções do Velho Continente. 

É preciso sempre lembrar que a Eurocopa foi extremamente bem organizada, mesmo com todos os empecilhos causados pela crise da covid-19, com os países em condições até de receber público em seus estádios. 

Por outro lado, a Copa América foi organizada pela Conmebol como se fosse uma espécie de “Jogos Abertos do Interior”. A sede foi definida apenas uma semana antes do início do torneio, que obviamente não pôde contar com torcida. E que diferença faz o público nas arquibancadas… 

Sobre os níveis das seleções europeias e sul-americanas, peguemos quatro equipes, duas de cada continente, para fazer uma reflexão: França, Suíça, Peru e Brasil. A seleção francesa, campeã da Copa passada, venceu o Peru, que não é das seleções mais poderosas das Américas, por apenas 1 a 0 na fase de grupos do Mundial da Rússia. Na mesma Copa, o Brasil empatou com a Suíça por 1 a 1, resultado que foi tratado por aqui como catastrófico. 

Agora, vejam que na Eurocopa atual a mesma Suíça eliminou a França nas oitavas de final, enquanto aqui na Copa América o Brasil venceu o Peru por duas vezes: uma por 4 a 0 e outra por 1 a 0. Com tais resultados, não fica difícil defender a tese de que os europeus estão tão à frente assim do futebol sul-americano?

Por isso, sem medo de errar, afirmo que a final da Copa América, entre Brasil e Argentina, tendo Neymar x Messi, será muito mais interessante, em diversos aspectos (talvez menos no tático), que a da Euro, envolvendo Itália e Inglaterra ou Dinamarca. 

 

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