Ainda que o treinador tenha vencido todos os oito jogos que fez desde seu retorno, a desconfiança ainda ronda o ambiente canarinho

Ainda que o treinador tenha vencido todos os oito jogos que fez desde seu retorno, a desconfiança ainda ronda o ambiente canarinho

Na entrevista coletiva em que anunciou os convocados para a Copa América, Dunga novamente fez questão de minimizar o impacto do vexame sofrido pela seleção brasileira na última Copa do Mundo. Para o técnico, o 7 a 1 não diminui o respeito dos rivais pela seleção brasileira.

"O que aconteceu na Copa é um fato único. Queremos ganhar, a seleção é referência. O futebol brasileiro segue admirado, a camisa da seleção segue respeitada. Você pode ver a importância que a França deu para o jogo contra o Brasil, que o Chile deu. Isso mostra que a seleção é respeitada", disse Dunga, referindo-se ao fato de que as duas seleções escalaram suas principais estrelas – e perderam.

Ainda que até o momento Dunga tenha vencido todos os oito jogos que fez desde sua estreia, em setembro, a desconfiança ainda ronda o ambiente canarinho. Tanto é que as palavras do treinador se repetem em quase todas as entrevistas concedidas desde que voltou ao comando a seleção. Mesmo assim, Dunga insiste que a distãncia entre o Brasil e as outras não é tão grande quanto a fatídica derrota sugere.

"Nós vimos durante a Copa e ainda ouvimos diariamente sobre futebol moderno, novas táticas, novos sistemas. Nesses últimos meses fui ver as partidas da Copa e ver os jogos que eu jogava na Itália e o que comentavam naquela época [meio dos anos 1990]. Na Copa quase todas as equipes estavam marcando atrás do meio de campo. Às vezes dez metros atrás da linha do meio. Na Itália chamavam isso de catenaccio", disse Dunga, que em seguida continua sua explicação.

"Mas não era moderno? Estamos pegando as coisas lá atrás? É que agora é com equipes mais compactas. Isso me fez pensar se estamos atrasados, se estão tão modernos ou se mudou a palavra catenaccio por compacto. Continua como lá atrás, a qualidade técnica está fazendo a diferença. Se medirmos só na Copa, só dois jogos, teremos uma distância. Mas se medirmos ao longo do tempo, não estamos tão atrasados como falam", concluiu.

Foto: UOL

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