Em situação delicada no Campeonato Brasileiro, o Santos inicia em busca de um novo treinador para substituir o demitido Fernando Diniz. O Peixe deve definir os alvos no mercado em reunião do Comitê Gestor nesta segunda-feira (6) e só a partir daí iniciar os contatos com treinadores que estejam livres no mercado.
No melhor dos mundos, o Peixe montaria um projeto de longo prazo, imaginando ao menos um ano e meio com o futuro profissional no comando, dando tempo e respaldo para que o trabalho se consolide com tranquilidade. Mas a realidade exige senso de urgência. A direção alvinegra, então, precisa definir algo importante: mantém a filosofia do clube, prioriza treinadores ofensivos, ou busca um nome com ideias mais conservadores, que certamente reforçará o setor defensivo da equipe, correndo menos risco?
Os principais nomes à disposição no mercado hoje são Abel Braga, Dorival Júnior, Fábio Carille, Guto Ferreira, Roger Machado e Rogério Ceni. Todos estão livres e neste momento e, coincidentemente já foram cogitados no Santos em algum momento – a exceção é Fábio Carille.
Desses profissionais, hoje quem mais se encaixa no Santos é Rogério Ceni. Um treinador ofensivo, que monta times agressivos – sejam eles mais reativos, como no caso do Fortaleza, ou mais propositivos, como no Flamengo –, que já mostrou saber trabalhar com elencos mais curtos e que preza pela extrema organização de seus jogadores em campo.
Embora a situação hoje não seja confortável – a equipe está a apenas quatro pontos da zona de rebaixamento e pode terminar a 19ª rodada na 15ª posição na classificação do Brasileirão –, o Santos tem um elenco de razoável para bom, fez boas contratações recentes e a tendência natural é que a equipe melhore com as estreias dos reforços.
O Peixe pode se livrar da situação complicada e fazer um segundo turno melhor “jogando” futebol, sem precisar se limitar a defender, jogando “por uma bola”. E Rogério parece ser o nome ideal para isso. Para o próprio Ceni seria uma boa para se recolocar no mercado após a demissão no Flamengo. Resta saber se o ex-goleiro aceitará trabalhar num rival do São Paulo, clube onde é ídolo, se estará disposto a assumir uma equipe que nesse momento briga na parte de baixo da tabela, e se aceitará se adequar à realidade financeira do Peixe, que não pode pagar altos salários.
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