Paulo Passos
Do UOL, em São Paulo
Há 17 anos vivendo em Londres, o corintiano Marcelo Ribeiro já planeja ir ao Japão para o Mundial de Clubes. Engana-se, porém, quem pensa que ele irá para torcer pelo time do coração. Massagista do Chelsea desde 2008, o mineiro estará a trabalho e afirma que torcerá por uma conquista do clube inglês no torneio da Fifa.
"Eu sou corintiano, vi a final da Libertadores aqui e ainda torço, mas quero que o Chelsea ganhe, caso se encontrem na final. Não tenho dúvida disso. O Chelsea é que paga as minhas contas. Estarei lá trabalhando e vou torcer pelo meu clube?, disse o brasileiro.
Fã de futebol, Marcelo ralou bastante até chegar ao clube inglês. Antes de trabalhar como massagista, ganhou a vida como garçom em bares e restaurantes na capital inglesa. A atual profissão surgiu por um acaso na vida do brasileiro.
"Trabalhava num bar e machuquei o braço. No tratamento para me recuperar fiz massagens terapêuticas e gostei. Ai fui atrás disso, fiz cursos. Estava numa época meio perdidão na vida e me achei com a nova profissão?, conta.
O primeiro emprego de Marcelo como massagista não foi no futebol. Antes de cuidar das pernas de astros como Terry, Drogba e Ramires, ele prestou serviços para o Cirque du Solei e para o Royal Ballet.
"A técnica de massagem para as bailarinas e para os jogadores é a mesma. Mas no futebol você tem uma estrutura melhor, tem mais contatos com os fisioterapeutas, mais chances de aprender e evoluir na profissão?, explica. "Ah, mas para ver futebol é muito melhor, né? Sou brasileiro. Em um ano, nunca consegui assistir uma peça inteira de ballet. É bonito, mas meio parado, né?, completa rindo.
Antes de chegar ao Chelsea, Marcelo fez um estágio no West Ham e no Fulham. O brasileiro diz ter se encontrado no gigante inglês, de onde não pretende sair. "Quero crescer lá dentro, evoluir e seguir por muito tempo?, diz.
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