O paulista Binho Carcasci, organizador da Seletiva de Kart Petrobras, falou com exclusividade ao Portal Terceiro Tempo após a decisão do evento, realizado na última quarta-feira (4) no kartódromo da Granja Viana, em Cotia-SP.

À frente da empreitada pela 17ª vez consecutiva, Binho fez um balanço da finalíssima, que consagrou Vinícius Papareli, paulista de 17 anos, como o grande campeão. Além dele, outros dois pilotos foram premiados: o paulista Gaetano Di Mauro e o gaúcho Vitor Bertoncello, de 18  e 17 anos, respectivamente.

Foto: Marcos Júnior/Portal TT

SOBRE A SELETIVA DE KART PETROBRAS EM 2015

BINHO CARCASCI: Dá uma sensação de dever cumprido, mas só da minha obrigação, porque eu não consigo, ainda estou muito com o `sangue quente´ para saber se foi fantástico ou ainda tem muita coisa para melhorar. No fim, obviamente a gente sempre consegue melhorar alguma coisa, mas eu acho que fundamentalmente o que eu busco no final da Seletiva é olhar para esses dois últimos dias e pensar se houve injustiça ou não, Será que alguém que deveria disputar o título não estava lá? Teve alguma falha técnica que interferiu no resultado? Essa sempre é a minha maior preocupação, sempre. E isso eu posso garantir agora que não. A busca do talento continua acontecendo, esse é o objetivo da Seletiva.

O TÍTULO DE VINÍCIUS PAPARELI

BINHO CARCASCI: O Papareli chegou aqui como um dos favoritos, foi o vice-campeão no ano passado, naquela ocasião entrando na final empatado em pontos, em primeiro lugar com o campeão (Pietro Rimbano), por isso não dá para duvidar da capacidade dele.

PREPARAÇÃO E EXPERIÊNCIA DOS PILOTOS 

BINHO CARCASCI: Eu tenho sentido que os pilotos, nos últimos anos, tem se preparado menos, o comprometimento deles tem sido menor. Como o formato de disputa da Seletiva é muito peculiar, diferente de tudo aquilo que eles fazem ao longo do ano, apesar de ainda ser corrida de kart, com pneus do mesmo tamanho. Acontece tudo muito rápido, e eu sinto que eles não tem o regulamento na cabeça, não dominam isso, então, cada vez que eles vão para a pista não sabem exatamente aquilo que precisam fazer, por isso a experiência de quem tem um ano faz a diferença, embora, o Gaetano (Di Mauro), estreou neste ano e foi vice, então ele estudou o regulamento, se preparou e isso acabou valendo. A experiência de controlar, na medida do possível, o consumo do pneu e ao mesmo tempo saber a reação do kart com o pneu velho. O piloto se sente confortável  para andar com pneus que rodaram 40, 45 voltas, por isso, quem tem mais experiência acaba tendo chances melhrores.

AÇÕES COM OS PILOTOS

BINHO CARCASCI: Nós conseguimos uma coisa bem bacana com a Petrobras, que eu vou incluir na premiação, que é levar os três pilotos premiados para visitarem os boxes da Williams na sexta-feira do GP Brasil de Fórmula 1. Eu tento me colocar na posição deles, é algo que eu como piloto gostaria de fazer. Logo depois, no dia 16 de novembro, nós vamos para a escola da Mitsubishi, com o Ingo Hoffmann. Na mesma semana a gente faz a orientação com o Nuno Cobra sobre preparo físico e mental e media training, para a garotada aprender a lidar com a imprensa. Depois iremos para a Itália, onde eles passarão por um simulador, em Modena, e um treino com o Fórmula Renault no Autódromo de Portimão. São disciplinas que eu tenho certeza que com elas as chances de sucesso aumentam um pouco.