Comparação mostra a diferença entre o trabalho feito em cada confederação nacional

Comparação mostra a diferença entre o trabalho feito em cada confederação nacional

A Argentina estreia na Copa América neste sábado, às 18h30, contra o Paraguai, em partida pelo Grupo B. O jogo, disputado em La Serena, colocará em campo um selecionado argentino que já conhece a competição e que reflete o trabalho feito com essa geração, que se mantém: da última a Copa América, em 2011, para esta, apenas 30% do elenco mudou. A comparação com o Brasil mostra a diferença entre o trabalho feito em cada confederação nacional: Dunga muda 74% dos convocados em quatro anos.

A Argentina deste ano já jogou a Copa América em 2011, em casa - e fracassou. Dos 23 convocados para disputar a edição deste ano no Chile, 16 fizeram parte do outro elenco. Do time titular definido pelo técnico Tata Martino para a estreia, neste sábado, apenas os defensores Facundo Roncaglia e Nicolas Otamendi são novatos - se Pablo Zabaleta, lesionado, jogasse, seria apenas um. Completam a lista de estreantes o goleiro Nahuel Guzmán, o zagueiro Martin Demichelis, o lateral esquerdo Milton Casco e os meias Roberto Pereyra e Erik Lamela.

A situação é inversa no Brasil. Nesta comparação, conta-se a primeira seleção convocada por Dunga para a Copa América 2015, ainda com Diego Alves, Danilo, Marcelo e Luiz Gustavo, que foi o time planejado para o torneio. Dos 23 de agora, só seis jogaram em 2011: o goleiro Jefferson, os zagueiros Thiago Silva e David Luiz, o volante Elias e os atacantes Robinho e Neymar. Todos os outros mudaram.

Naturalmente, tal conservação da mesma geração na seleção torna o time argentino mais experiente que o brasileiro. Na Argentina, a média é de 38 jogos pela seleção por jogador, enquanto no Brasil a média é de 22 jogos por atleta. Na seleção convocada inicialmente por Dunga - sem contar Daniel Alves, chamado após corte de Danilo - só David Luiz, Thiago Silva, Neymar e Robinho superam a média por jogador da Argentina.

No processo evolutivo das duas seleções, a Argentina disputou aquela Copa América sob o comando de Sergio Batista, demitido logo após o fracasso no torneio, e depois teve quatro anos de Alejandro Sabella, que conduziu a seleção nacional ao vice-campeonato da Copa do Mundo de 2014. Agora, começa o trabalho com Tata Martino. Já no Brasil, Mano Menezes comandou na edição de 2011, ficou mais um ano e meio no cargo e só então deu lugar a Luiz Felipe Scolari.

Foto: UOL

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