Como falei outro dia neste portal esportivo, o que diferencia os gremistas dos colorados é que os tricolores estão conscientes de que o seu time atualmente é muito limitado, ao passo que os escarlates juram que o seu Inter é o melhor do Brasil, mesmo se sabendo que na realidade ele é apenas o menos ruim do Rio Grande do Sul.
Por conta desse pensamento "pés do chão", a torcida do Grêmio se decepciona bem menos do que os torcedores do Inter, com seu "pensamento nas nuvens", quando suas equipes se dão mal em seus compromissos.
Por isso a derrota do Inter para o Atlético Nacional, da Colômbia, está doendo mais nos corações colorados do que o empate do Grêmio diante do inexpressivo Atlético Grau, do Peru.
Atente-se para o fato de que os integrantes da dupla Gre-Nal estão praticamente igualados nas competições que disputam; o Inter apenas 1 ponto à frente do Grêmio no Brasileirão e fora da zona de classificação na fase de grupos da Libertadores, tal como o rival na Sul-Americana,
Embora "caindo aos pedaços", o Grêmio faz campanha semelhante à do Inter, tido pela maioria dos torcedores e pela mídia simplista gaúcha com uma espécie de "bicho papão" do futebol brasileiro, em meio à qual existe até quem aponte o time de Roger como sério candidato à conquista do título do campeonato brasileiro,
Isso gera a nítida impressão de que a mística tricolor, plasmada em sua camisa e seu hino, situados entre os mais contundentes do país, têm um peso maior do que o fanatismo colorado, que traz o refrão "Papai é o maior" como marca registrada de seu canto de guerra.
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Claro que nem sempre foi assim, pois houve época em que o Internacional revelava nítida superioridade ao rival, como bem demonstraram os tempos áureos do famoso "Rolo compressor" do grande Tesourinha.
Minha tese refere-se tão somente ao período compreendido entre meados da década de 1950 até os dias atuais, em meio ao qual me tornei um aficionado pelas coisas apaixonantes do mundo futebol.
O que tenho observado no curso desse período é um Grêmio assumindo pioneirismos históricos em relação ao arquirrival, tanto no aspecto patrimonial quanto no futebolístico propriamente dito.
Foi o Grêmio o primeiro clube a proporcionar ao futebol gaúcho o maior e melhor estádio de futebol dos Pampas, com a inauguração do estádio Olímpico, depois superado pelo Beira-Rio, que já perdeu espaço para a moderna Arena Multiuso.
No plano futebolístico também cabe ao Grêmio a primazia das maiores conquistas do período considerado, haja vista os títulos da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes em 1983, no somatório dos quais o tricolor é hegemônico no Rio Grande do Sul.
No decorrer desse tempo, assisti mais de uma vez o Grêmio aplicar goleadas com diferença de 4 gols e uma vez com diferença de 5 gols em Grenais, sem ter visto um só Gre-Nal vencido pelo Inter com diferença superior a 3 gols.
É verdade que o Internacional foi o primeiro clube gaúcho a conquistar um título brasieleiro, chegando a tricampeão do Brasil em 1979, sendo um desses títulos de forma invicta, algo até hoje não igualado em todo o país.
Mas essa exclusividade colorada se desfigura, de certo modo, em função da ausência de continuidade daquela invejável performance, que acabou dando ao Grêmio a hegemonia de conquistas nacionais, a partir dos 5 a 1 em títulos da Copa do Brasil, que o moribundo Grêmio de hoje aplica no "falso brilhante" colorado dos dia atuais.
Jornalista Lino Tavares, colaborador do Portal Terceiro Tempo, ganha o título de “Pitonisa Verdadeira”
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