Melhor goleiro do mundo, campeão da Champions League, mundial e titular da seleção brasileira: a fase de Alisson é espetacular, mas o sucesso não sobe à cabeça do camisa 1. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o arqueiro do Liverpool comentou a vontade de vencer da equipe inglesa e destacou que, embora viva grande momento, está longe de ser o principal goleiro da história do Brasil.
“Vejo nossa equipe muito madura para lidar com diferentes circunstâncias dentro da mesma partida. Apesar de jovem, é um time experiente, com muito desejo de vencer. Sentimos o gosto da vitória vencendo a Champions e queremos mais. É como um tubarão que sente o cheiro de sangue na água, fica cego e ataca. Desenvolvemos um instinto dentro da nossa equipe. Sentimos que podemos alcançar o que queremos, temos uma longa estrada, mas vamos persistir nisso”, disse Alisson à Folha.
O goleirão destacou a importância do treinador Jurgen Klopp no comando desse Liverpool que vem fazendo história e que está perto de conquistar o título inglês.
“Isso se deve à simplicidade dele. Ele é simples e verdadeiro. Tem convicção na metodologia dele de trabalho. E quando tem resultado, tem credibilidade. É um cara muito justo e correto com todo mundo”, comentou.
Questionado sobre o grande momento que vive e se pode ser comparado a grandes nomes da posição no Brasil, Alisson destacou que, ao menos por enquanto, não pode se colocar no mesmo patamar de nomes como Dida e Taffarel.
“Podemos pensar nisso daqui a uns dez anos, quando eu parar de jogar futebol? Por mais que eu tenha conquistado todos esses prêmios individuais, tenho um longo caminho para percorrer. Se você olhar o currículo do Dida, não chego nem aos pés dele. O Taffarel foi um dos protagonistas do tetra, o Júlio Cesar tem uma carreira muito vitoriosa e é um dos goleiros com mais atuações pela seleção. Não consigo me colocar ao lado deles no momento, talvez após me aposentar”, declarou o camisa 1.
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