Treinador do Verdão destacou as dificuldades do campeonato. Foto: Cesar Greco

Treinador do Verdão destacou as dificuldades do campeonato. Foto: Cesar Greco

A boa goleada do Palmeiras contra o Botafogo, na noite de quinta-feira (9), arrancou elogios do técnico Abel Ferreira para seu time e sua torcida, mas não fez o português tirar os pés do chão. Com a vitória em casa, o alviverde voltou a ser líder do Brasileirão, mas o discurso de Abel é de cautela quando o assunto é título.

“Não ganhamos nada, faltam 28 jogos. Só vocês têm dúvida daquilo que digo da competitividade do futebol brasileiro. Veja a tabela do Brasileirão e de outros campeonatos a diferença que há entre o primeiro e o segundo. Só no Brasileirão é possível o último ganhar na casa do primeiro colocado. Em nenhum outro campeonato acontece isso. São equipes supercompetitivas, há muitos candidatos ao título no Brasil e só um que vai ganhar. Podem ter 12 Guardiolas, 12 Mourinhos e só um que vai ser campeão. Não vamos vencer sempre, precisamos manter a calma, o equilíbrio porque não ganhamos nada. Faltam 28 jogos, é muito tempo”, disse o treinador alviverde em entrevista coletiva após a partida no Allianz Parque.

Abel ainda ressaltou o papel da torcida do verdão, que vem enchendo o estádio e apoiando a equipe.

“É para isto que a gente trabalha todos os dias, para dar alegrias aos torcedores. Bati palmas para eles porque fizeram uma onda e foi bonito de ver. Todos somos um é isto. Não preciso explicar se é treinador, diretoria, jogadores, funcionários, torcida. Ver a alegria, a paixão e amor e não podemos esquecer que somos o time do amor e da virada e contamos com eles nos momentos difíceis. Nos momentos difíceis da época, os torcedores foram capazes de nos incentivar. Só demos a volta no resultado pelo amor que eles têm pelo clube. E sentimos. Assim como sentimos quando nos criticam e dói na alma. Já disse: tenham certeza que estes jogadores desde que entram no CT se preparam para jogar para vencer e dar alegrias. Mas nem sempre vamos vencer”, explanou Ferreira, que ainda destacou não conseguir desfrutar do momento de vitória.

“Não sou de festejar muito, não. Minha esposa me critica, diz que eu sofro muito com as derrotas, e sofro, e não desfruto das vitórias. A conversa com a técnica da seleção feminina foi essa. Ela me deu o conselho de desfrutar, mas não consigo (risos). Não sei por quê, mas para mim é virar a chave e pensar no próximo jogo. Não gosto de perder, sofro muito com derrotas, mas acima de tudo a alegria que sinto é ver os outros felizes. Quando quem me rodeia está feliz, cumpri minha missão como profissional de futebol”, comentou.

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