Sim, o GP da Inglaterra foi o melhor do ano.
A largada espetacular de Massa (e não é pelo fato de ser Massa, brasileiro), mas porque foi bacana um carro saltar do terceiro lugar para a ponta, passando as imbátiveis Mercedes.
Curvas rápidas pra lá e pra cá, motorzão Mercedes empurrando as Williams e as 20 primeiras voltas mais emocionantes de 2015.
E o lugar, não poderia ter sido melhor: Silverstone.
Ali, onde tudo começou, a primeira corrida da F1, em 1950.
A Inglaterra tem "trocentas" pistas.
Quando recebo um piloto da "velha guarda" no meu "Bella Macchina", todos citam as pistas em que correram em seus tempos da F-Ford, F2 ou F3 Inglesa. Ingo, Alex, Moreno... Eles falam de Brands Hatch, Snetterton, Oulton Park e Donington. E, claro, de Silverstone.
Os britânicos são malucos por automobilismo. Goodwood, o lugar do festival mais legal do mundo, prova um pouco dessa paixão. Aliás, não é paixão, é amor.
Aquilo que mais me chamou atenção no GP da Inglaterra vencido por Hamilton neste domingo foi o que ouvi, e não o que vi.
Em vários momentos, era possível ouvir a vibração do público. E não só por Hamilton, mas pela corrida, independente da bandeira do piloto ou da equipe.
Quando a Fórmula 1 vai à China, ao Bahrein ou Abu Dhabi, isso não existe.
OK, a F1 é uma categoria mundial e precisa estar em todos os continentes. Certinho.
Mas, como diz a velha canção de Milton Nascimento, "todo artista tem de ir aonde o povo está".
A Inglaterra deveria ter uns três GPs por temporada. E nem precisam fazer aquela "gambiarra" que já fizeram, como em 1993, e Donington ser o GP da Europa.
Poderia ser GP da Inglaterra 1, 2 e 3 mesmo.
Um em Silverstone, um em Brands Hatch e outro em Donington.
Em uma época em que os carros quase não fazem barulho, (que ideia, Bernie...) ouvir o público vibrando a cada ultrapassagem só não arrepia mais que um V-12 rasgando uma reta...
Foto: UOL
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