Brasileiro compete pela principal classe na icônica prova de endurance. Foto: Divulgação/MF2

Brasileiro compete pela principal classe na icônica prova de endurance. Foto: Divulgação/MF2

Terceiro colocado na principal classe do Campeonato Mundial de Endurance (WEC), a LMP1, o brasileiro Bruno Senna falou sobre a experiência distinta que terá no próximo fim de semana, nas 24 Horas de Le Mans, desta vez sem público por conta da pandemia do novo coronavírus. Será a 88ª edição da prova mais tradicional do calendário de endurance internacional.

O evento é sempre grandioso, com diversas atividades nas imediações do circuito de Sarthe nos dias que antecedem a prova, mas neste ano tudo será restrito ao trabalho das equipes, que estarão em ação a partir desta quinta-feira (17) com os primeiros treinos livres (três) e mais uma tomada classificatória.

“Será uma experiência completamente diferente correr sem público em Le Mans. Não será a mesma coisa sem todo aquele pessoal torcendo. Mas uma dificuldade já é bem conhecida. A Toyota estará muito forte e será outra vez um adversário muito complicado para nós da Rebellion”, pontuou Bruno Senna, que disputa a prova pela oitava vez e tem como melhor resultado um quarto lugar em 2019. Ele divide o Rebellion R13-Gibson #1 com o francês Norman Nato e o norte-americano Gustavo Menezes.

As 24 Horas de Le Mans habitualmente acontecem em junho, período mais seco naquela porção da França, noroeste do país, mas em setembro há a possibilidade de chuva.

“Le Mans é sempre imprevisível, mas setembro traz sempre a chance de chuva e mudanças na temperatura, provavelmente mais fria. Além disso, a parte noturna aumentará bastante. Antes, era até bem curtinha, entre cinco e seis horas, mas agora esse número poderá subir para nove", avalia Bruno, que no dia 15 do próximo mês completa 37 anos.

A liderança do Mundial de Endurance na LMP1 é do trio Jose Maria Lopez, Kamui Kobayashi e Mike Conway, com 137 pontos, contra 109 de Bruno Senna, o terceiro colocado.

Bruno Senna durante as 6 Horas de Spa, realizada em 15 de agosto. O brasileiro terminou a prova na terceira colocação. Foto: Divulgação/MF2

ESTRATÉGIA DA EQUIPE

A Rebellion, equipe pela qual compete Bruno Senna, tem uma estratégia para rivalizar mais de perto com a favorita Toyota, buscando manter-se-se na pista em turnos de 11 voltas antes das paradas para reabastecimento.

"Assim, vai dar para nos aproximar e travar uma briga boa com a Toyota. O problema é se chover. Nosso carro está sofrendo muito na chuva, embora tenhamos aprendido muito em Spa, onde nossa perda de performance no molhado foi evidente. De qualquer forma, vamos ter de trabalhar muito mais se quisermos elevar nosso rendimento nessas condições", projeta Bruno,  que tem um título no Mundial de Endurance, em 2017, pela classe LMP2. Aliás, sobre esta conquista e outras passagens de sua carreira, clique aqui e veja a entrevista de Bruno Senna logo após este título, em sua participação no Bella Macchina, canal de automobilismo do Portal Terceiro Tempo.

Depois das atividades iniciadas na quinta-feira (17), os trabalhos serão retomados na sexta-feira (18) para mais um treino livre e a definição do grid na chamada hyperpole. A largada está prevista para 9h30 (de Brasília) do sábado (19).

OUTROS BRASILEIROS NA PROVA

Além de Bruno Senna, outros seis brasileiros estarão na disputa da edição de 2020 das 24 Horas de Le Mans: André Negrão, pela classe LMP2 (com Alpine A470-Gibson); Daniel Serra na LMGTE Pro (com Ferrari 488 GTE Evo); Marcos Gomes, pela LMGTE Am (com Ferrari 488 GTE), Felipe Fraga, também pela LMGTE Am, (com Porsche 911 RSR), Augusto Farfus na LMGTE Am (com Aston Martin Vantage) e Oswaldo Negri Jr na LMGTE Am (com Ferrari 488 GTE).

NO ANO PASSADO

Na edição de 2019 das 24 Horas de Le Mans, a Toyota dominou com seus dois carros, fazendo a dobradinha na classificação geral. A vitória foi do trio formado pelo espanhol Fernando Alonso, o suíço Sebastien Buemi e o japonês Kazuki Nakajima. Bruno Senna, que formou parceria com o alemão André Loterer e o suíço Neel Jani, a bordo do Rebellion R13-Gibson, terminou na quarta posição.

Dois brasileiros venceram em suas classes: André Negrão pela LMP2 (Alpine A470-Gibson) e Daniel Serra pela LMGTE Pro (Ferrari 488 GTE Evo). Aliás, esta foi a segunda vitória de Daniel Serra em Le Mans, feito que ele havia conseguido em 2017 também pela LMGTE Pro, mas com Aston Martin.

O brasileiro André Negrão venceu pela LMP2, conquistando o título desta categoria com o Alpine A470 Signatech Matmut-Gibson. Foto: Signatech Alpine Matmut

 

A segunda vitória de Daniel Serra nas 24 Horas de Le Mans, em 2019, pela LMGTE-Pro, com Ferrari. Foto: AF Corse

 


      

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