por Túlio Nassif Oswaldo Gomes tem um papel fundamental registrado na história do futebol brasileiro, foi o primeiro jogador a marcar um gol vestindo a camisa da Seleção. Natural do Rio de Janeiro, nasceu no dia 30 de abril de 1888 e faleceu no dia 5 de julho de 1963.
Entretanto, marcar o primeiro gol pelo Brasil não foi sua única façanha, houveram outras grandes proezas, que não podemos deixar serem esquecidas.
O gol foi anotado em amistoso contra a equipe inglesa do Exeter City Football Club, aos 15 minutos do primeiro tempo, na vitória por 2 a 0, disputado no campo do Fluminense (o estádio nacional mais antigo), no dia 21 de julho de 1914.
Cinco mil torcedores estavam presentes e testemunharam o feito. O dia ainda era de festa, estava sendo comemorado nas Laranjeiras, o aniversário de doze anos de existência do Fluminense, o primeiro dos grandes clubes brasileiros a ser fundado.
Oswaldo possui um vasto currículo como atleta do Tricolor Carioca. Foi recordista em conquistas de campeonatos estaduais, com oito títulos (em 1906, 1907, 1908, 1909, 1911, 1917, 1918 e 1919), em doze campeonatos disputados.
Se recusou ir para o arquirrival Flamengo, junto com nove titulares do Fluminense. Sua permanência e paixão pelo clube tricolor, fez com que disputasse 189 partidas, marcando 38 gols.
Quando encerrou carreira, resolveu ser técnico. E logo de cara teve uma grande missão, comandar a Seleção Brasileira no Campeonato Sul-Americano de 1920.
Com a crise do futebol brasileiro naquele ano, devido à briga entre paulistas e cariocas, com relação a discórdia pela Taça Ioduram, se viu obrigado a convocar somente jogadores que atuavam no futebol do Rio de Janeiro, mais dois do Santos, que se encontravam em litígio com a Liga de São Paulo.
O Resultado foi desastroso, o Brasil ganhou apenas um jogo e perdeu o restante, inclusive sofrendo uma goleada histórica para o Uruguai, por 6 a 0.
Após a catástrofe à frente da Seleção, em 1921, Oswaldo foi eleito presidente da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), durante dois anos. Assumiu no dia 26 de janeiro de 1922 e deixou o cargo em 26 de janeiro de 1924.
Como presidente da CBD, apagou de certa forma a má impressão. Conquistou o segundo Título Sul-Americano, em 1922.