Nélson Jacaré

Ex-atacante do Corinthians
por Raphael Cavaco

Nélson Jacaré, o Nélson de Oliveira, centroavante e grande artilheiro das categorias de base do Corinthians na década de 60, nasceu no dia 12 de janeiro de 1946, em Birigui, interior de São Paulo. É casado com dona Maria de Lurdes Oliveira, com quem tem duas filhas, Luciana e Cíntia. Em 2017 seguia residindo em Itanhaém, litoral sul paulista, onde curte o amor dos dois netos, Stanley e Amanda e a aposentadoria. Após deixar os gramados, trabalhou como representante comercial na Baixada Santista em uma firma do ramo de balanças e há muito se dedica a um jornal de Mongaguá, o Bola Na Rede.

Brilhou com gols e títulos no infantil, juvenil e aspirantes do clube de Parque São Jorge.

Pelo campeonato paulista juvenil de 1965, chegou a marcar oito gols numa só partida, recorde só igualado no profissional por Pelé. Sua marca inédita está até hoje registrada nos anais da Federação Paulista de Futebol (FPF). Nélson, porém, não teve chances no time principal corintiano, diferente de seu contemporâneo amigo Rivellino.

"Não emplaquei no profissional por falta de chance. Não me deram oportunidade, o time estava na fila e já tinha muito atacante. Sem jogar, pedi para o Wadih Helou, presidente na época, para sair, pois queria me profissionalizar”, lamentou o ex-jogador.

O Timão então decidiu emprestá-lo para o Corinthians de Presidente Prudente-SP em 1966, sua primeira equipe profissional. Naquele ano, ele também representou a Seleção Paulista de Novos durante excursões no exterior. Em 1967, Nelson foi repassado ao Votopuranguense-SP, onde se sagrou o goleador maior da 1ª Divisão estadual daquele ano. O centroavante ainda teve empréstimos para o Juventus da Mooca-SP e Bragantino, ambos em 1968.

Depois de conseguir passe livre ao Corinthians, Nélson rodou mais um pouco pelo estado de São Paulo. Defendeu a Portuguesa Santista (1969), Ponte Preta (1970) - sendo vice-campeão paulista pela Macaca ao lado de Dicá, Alan, Adilson, Waldir Peres e Nelsinho Baptista - Paulista de Jundiaí (1971) e São Bento de Sorocaba (1971), quando encerrou a carreira aos 27 anos.

"Decidi parar de jogar bola cedo porque não aguentava mais ter uma vida de cigano com minha família e não se ganhava dinheiro na época com futebol. Virei vendedor para ganhar cinco vezes mais”, lembrou.
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