No dia 4 de agosto de 2017, o Portal UOL publicou a seguinte matéria sobre Joel Camargo:
1º brasileiro no PSG perdeu tudo e teve de vender até medalha da Copa-1970
Do blog do Rafael Reis, no UOL Esporte
Quem vê o salário de até 40 milhões de euros (R$ 147 milhões) anuais que Neymar irá ganhar no Paris Saint-Germain pode ter dificuldade para acreditar que o primeiro brasileiro a defender o clube francês precisou se desfazer do bem mais precioso de sua carreira profissional para pagar as contas.
Tricampeão mundial com a seleção brasileira no México e companheiro de Pelé no Santos que marcou época na década de 1960, o zagueiro Joel Camargo jogou duas partidas pelo PSG entre 1971 e 1972.
O time da capital francesa estava longe de ser esse milionário e poderoso clube que faz estragos no Mercado da Bola. Pelo contrário, fundado há apenas um ano, havia acabado de chegar à primeira divisão.
O PSG ainda não era digno de um jogador com o título da Copa-1970 e a parceira com Pelé no currículo. Mas foi o que Joel conseguiu depois de um acidente automobilístico que matou duas mulheres lhe fechar a maioria das portas no Brasil.
Joel sempre negou que estivesse alcoolizado quando bateu seu Opala vermelho, comprado com o dinheiro da premiação do tri mundial, em um poste. Mas a opinião pública e o Santos não acreditaram. O zagueiro teve seu contrato rescindido e não encontrou outro clube disposto a contratá-lo.
“O preconceito existe, e eu sempre falei disso. Na época do acidente, fui crucificado por causa da minha cor. Quando o Santos ia jogar na Bahia, tinha um preconceito do c… Na Argentina, não podiam ver a gente. Gritavam `macaco´ mesmo. E eu era o único que falava de preconceito naquela época. Meus colegas de time me chamavam de radical, mascarado, pediam pra eu deixar essas coisas pra lá, mas eu queria me expressar”, disse, em depoimento ao jornalista Breiller Pires, publicado logo depois da morte do zagueiro, em 2014 no “Medium”.
A amargura tomou conta de Joel. Depois de não conseguir se adaptar ao PSG, o campeão mundial voltou para casa e começou a torrar tudo aquilo que o futebol havia lhe proporcionado. Aos 35 anos, seis depois da aposentadoria, chegou ao fundo do poço. Com sérios problemas financeiros e abusando do álcool, transformou em dinheiro a medalha do Mundial.
"Um dia, passando dificuldade, pensei: `Pra que essa porra de medalha?´ Juntei a tralha e vendi tudo. Eu tava duro, cara. Não tenho fotos nem troféus guardados. A única lembrança dos tempos de jogador é um quadro da Copa de 70 que um torcedor me deu", afirmou Joel na entrevista a Breiller.
Quando nem mais a medalha lhe restava, Joel foi trabalhar como estivador no Porto de Santos. Permaneceu por lá, carregando sacos de café para cima e para baixo, até a aposentadoria, aos 55 anos.
Trezes anos depois, em 2014, e debilitado por décadas e mais décadas de alcoolismo e diabetes, o primeiro brasileiro a vestir a camisa do PSG morreu vítima de insuficiência renal.
Santos utilizará período sem jogos para acelerar novas reformas da Vila
Acesso atual do time mandante na Vila Belmiro - e como ficará o da equipe visitante. Foto: Divulgação/ Santos FC/Via UOLAchados & Perdidos: Evento em Portugal com a participação de Milton Neves em 2018
Contra o Sport, Palmeiras busca primeira vitória no Brasileiro, após bom resultado na Libertadores. as equipes
F1: Verstappen se sustenta na liderança e vence o previsível GP do Japão
Animado pela boa estreia na Libertadores, São Paulo viaja a BH para encarar o Galo pelo Brasileiro; os times
Achados & Perdidos: Beira-Rio, 56 anos! O primeiro gol na casa colorada, o "Gol Iluminado" e o golaço de Falcão em 76
Saudade: Barbosa, o injustiçado goleiro brasileiro na Copa de 50, nos deixava há 25 anos
Uma foto, uma história! Pelé, em 1958, retornando à Vila Belmiro após a Copa de 58
Grêmio continua deixando a desejar. Inter precisa justificar momento de euforia de sua torcida
Saudade: Ex-meia da Ponte e treinador, Vanderlei Paiva faria 79 anos
Muito desfalcado, Corinthians busca recuperação na Sul-Americana diante do América de Cali; as equipes