Essa pressão vem do desempenho de seus antecessores

Essa pressão vem do desempenho de seus antecessores

Bruno Grossi
Do UOL, em São Paulo (SP)

A volta do Campeonato Brasileiro após a Copa do Mundo marca o início de uma nova era no Palmeiras. Ou pelo menos uma tentativa de criá-la. Após a vitória por 3 a 2 sobre o Atlético-MG no domingo passado, o técnico Roger Machado avisou que Weverton será o goleiro titular da equipe a partir de agora, deixando os campeões Jailson e Fernando Prass no banco de reservas.

"Desde o começo do ano, o que eu falei para o Jailson é que daria uma sequência para o Weverton, sendo justo e corente da mesma forma que fui com ele. Era justo e coerente que desse oportunidade maior ao Weverton. Ele provou que está pronto para ser o camisa 1 neste momento. Tenho três goleiros em alto nível, isso que me deixa tranquilo para escolher por um deles. Weverton vai ter a sequência dele. Espero que nos ajude", declarou o treinador, na entrevista coletiva após o triunfo sobre o Galo.

Weverton já foi titular diante dos mineiros e no clássico contra o Santos. Foram dois jogos e três gols sofridos, sendo dois indefensáveis e um que gerou contestação. Para o Atlético empatar pela primeira vez no último domingo, Luan aproveitou que o goleiro espalmou fraco e para o meio da área. É claro que uma melhora defensiva de todo o time ajudará e muito o arqueiro, mas individualmente ele precisará fazer mais do que o comum para se firmar mesmo como titular.

Essa pressão vem do desempenho de seus antecessores. Prass e Jailson ganharam a idolatria da torcida por atuações decisivas e defesas improváveis, que marcaram os títulos da Copa do Brasil de 2015 e do Campeonato Brasileiro de 2016. Weverton terá de construir essa identificação com a torcida a seu modo.

Prass a alcançou pela longevidade e dedicação ao clube, ao qual chegou durante a Série B de 2013. Será difícil traçar caminho parecido, até pelo resgate do Palmeiras nos últimos anos. O exemplo mais próximo talvez seja o de Jailson, que também chegou a ser terceiro reserva e, de repente, se firmou e foi protagonista no Brasileirão de duas temporadas atrás.

"O Roger optou por mim nesse momento, tenho que estar bem porque sei que fora tem dois goleiros que querem estar no meu lugar e têm condições de estar. O Palmeiras ganha muito, porque a competitividade acaba sendo muito grande. O Jailson estava jogando muito bem, e eu e o Prass estávamos trabalhando para esperar a oportunidade. Agora a oportunidade veio para mim, tenho certeza de que os dois vão continuar trabalhando muito e vão dar conta do recado quando precisar", afirmou o goleiro contratado do Atlético-PR para este ano.

Weverton disputou seis partidas pelo Verdão em 2018, enquanto Prass jogou só quatro vezes e Jailson, titular na maior parte do tempo, foi usado em 34 partidas. No geral, Prass lidera com folga: 260 contra 69 aparições de Jailson.

Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

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