A ditadura passou. Mas tem loque tirando selfie com o Choque. Alguém conte história, dê um toque

A ditadura passou. Mas tem loque tirando selfie com o Choque. Alguém conte história, dê um toque

A charge, de autoria de Cláudio de Oliveira, foi publicada, originalmente, na edição deste sábado da coluna Caneladas do Vitão, no jornal AGORA
 
Tudo vai passar
 
Anos 80. Ditadura. Democracia Corinthiana. Efervescência política no ABC. Festa da torcida do time do povo na periferia. Tudo junto. Sentimentos misturados. Em Santo André, nasce Marina Santa Clara Yakabe, netinha do sósia do senhor Miyagi. Jardim Iporanga, no “Grande Grajaú”, quebrada zona sul, chegou Rael. O tempo passa. Reabertura. Fora, Collor. Fim da inflação, Real. FHC. Bis. Agora é Lula. Sem medo de ser feliz. Cidade cresceu. País amadureceu. Tem japonesa na cena hip-hop. Sem não-me-toque. Tem negão mandando a letra na Paulista. Itaú Cultural, periferia na pista. De traços orientais e curvas brasileiras, Mari é mais maloqueira do que zen. Sem estereótipo. Nem vem que não tem. Santista não praticante. Mistura instigante. Rael, da rima, é Fiel. Torcedor, não fanático. Preto no branco, atração não respeita geografia. É coisa de pele. Firma. Que relevo! Firmeza! Marina “tem cores, curvas, sabores, coisas que seduz”. Lindeza! “Se foi coisa do destino, eu já não sei te dizer”. Se conheceram através de um conhecido. Esquema batido. Batida perfeita. A jornalista caiu na cantada do rapper. Ou ela amarrou o músico com a sua letra? Sem treta. “A luta de vocês que te fez um samurai, perceber que o amor é forte, sempre sobressai, e que somente que pensa fora da caixinha vai!” Azar de quem é escravo do preconceito. “Deixem que digam, que pensem, que falem”. Marina e Rael viveram. “O amor, a dor, a vida vai, tudo vai passar.” A ditadura passou. Mas tem loque tirando selfie com o Choque. Alguém conte história, dê um toque. “São diferenças sociais, são diferenças extremas, são diferenças desleais, pra uns é mó sofrimento, pra outros fácil demais.” Criar um filho é sempre difícil. Mas desde a concepção, vale o sacrifício. Martin, registrado em nome do grande Luther King, chegou a três anos. Mezzo oriental, mezzo mano. Corinthiano dominante. Meu Basílio, loiro, tem seis. “Eu tenho um sonho de [...] um dia viver em uma nação onde eles [Martin e Basílio] não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter.” Eu tenho um sonho! Que é o mesmo sonho da Marina. Do Rael. Sonho de santistas. Da Fiel. “Vivo do que teço, rap é compromisso, e o dom vem de berço”.
  
É nóis no PodcasTimão!

Eu, Vitor Guedes, Marco Bello, Rodrigo Vessoni e Teleco analisamos, opinamos e debatemos o Sport Club Corinthians Paulista no PodcasTimão. Na edição de número 20, cornetamos a estratégia de não usar a força máxima contra o Santos e não divulgar isso à Fiel torcida. Siga o PodcasTimão nas redes sociais (@PodcasTimão no Twitter, Instagram, Facebook, Youtube, Soundcloud) e fique ligado nas atualizações e nas premiações
 
E mais:
 
 
 
 
Eu  sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na web! É nóis na banca! É nóis na facu (FAPSP)! É nóis na TV! É nóis no PodcasTimão!
 
 
 
 
Comentarista do PodcasTimão
 
Debatedor do programa Seleção Sportv
Colunista diário do jornal Agora São Paulo (Caneladas do Vitão)

Canal de vídeos do Vitão: youtube.com/blogdovitao

 

Blog do Vitão no Terceiro Tempo: blogdovitao.com.br

Instagram: vitorguedes77

 

 E-mail: blogd.vitao@gmail.com

Últimas do seu time