Treinador da seleção disse que buscar tornar o time mais ousado. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Treinador da seleção disse que buscar tornar o time mais ousado. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Um dos pontos de maior crítica para a seleção brasileira é o setor ofensivo e justamente por isso o técnico Tite tem buscado solução para tornar a equipe mais criativa e goleadora. Para a partida contra o Chile, na próxima quinta-feira (24), no Maracanã, pelas Eliminatórias, o treinador pode testar um ataque com Neymar fazendo a função de um “falso 9”.

Em sua coletiva pré-jogo, nesta quinta-feira (23), Tite explicou a possibilidade de usar Neymar como jogador mais avançado, e disse que o objetivo é tornar a equipe mais ousada.

“Particularmente, não gosto de usar falso 9. Ele é um verdadeiro, é um atacante, com liberdade criativa. Um jogador que tem as características... Como é o termo? Ousadia. O Vini é o malvadeza. São adjetivos que fomentam e que incentivam a criatividade, o lance pessoal. O que eu coloco: teve um jogo que ele trabalhou assim e teve outros jogos que ele voltou para deixar outros jogadores à frente. O Neymar tem uma estrutura há bastante tempo na seleção brasileira para potencializar a criatividade dele. Cada um trabalha um pouco setorizado para que ele possa nos seus setores ter a criatividade, essa chegada”. Explicou Tite, que ainda lembrou que o meia Lucas Paquetá já chegou a exercer essa função na carreira.

“O Paquetá, por exemplo, joga de penúltimo atacante, de 9 também. No último jogo, teve uma substituição e ele jogou de 9, no Flamengo também jogou de 9. São jogadores versáteis, que se adaptam. O que a gente procura é ter harmonia, equilíbrio, para ter essa possibilidade dos homens da frente serem criativos, e os do meio para trás consistentes”, completou.

Questionado sobre a fase complicada de Neymar no PSG, Tite revelou que teve uma conversa particular com o camisa 10, mas preferiu não expor o teor.

“Primeiro, eu aprendi ao longo do tempo e o start foi uma filha socióloga, que diz: igualdade não, equidade. O que um atleta precisa pode ser o que o outro não precisa, abordagens diferentes, correções diferentes, porque somos diferentes enquanto seres humanos. Temos uma preocupação geral. E mesmo se tivesse tido - e não vou responder à tua pergunta porque são coisas muito íntimas, de dentro de vestiário, no cunho particular. Eu vou ser direto contigo: se um técnico meu quando eu era atleta pegasse e externasse meus problemas de forma pública eu ia colocar para ele: por que não vem falar comigo antes e me expõe de forma pública? A gente é exposto pra caramba, nós somos cobrados pela nossa atividade”, comentou.

“Eu faço com os atletas aquilo que gostaria que os técnicos tivessem feito comigo. Talvez um capitão de seleção brasileira (César Sampaio) possa reiterar, ou um campeão do mundo, como é o Juninho (Paulista, coordenador da Seleção) ou um campeão do mundo de clubes, que é o Cléber (Xavier, auxiliar), mas que não jogava nada (risos). Que possam reiterar que são coisas íntimas, muito de dentro do vestiário. Assim como na imprensa tem reuniões de pauta e de outras coisas que possam ser correlacionadas a isso”, completou o treinador.

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