Ao exercer o direito de opinar, Juca Kfouri faltou com o respeito com o clube que é conhecido mundialmente por jogar ofensivamente

Ao exercer o direito de opinar, Juca Kfouri faltou com o respeito com o clube que é conhecido mundialmente por jogar ofensivamente

Não existe só uma única maneira de jogar futebol. Nenhuma das 17 regras do jogo exige que é obrigatório atuar deste ou daquele jeito. Times e seleções da bola mundial se notabilizaram pelo futebol defensivo. 

A Suíça da década de 1930 ficou famosa pelo “ferrolho suíço”.

Foi assim que na Copa de 1938, os suíços derrotaram a então favorita Alemanha.

Diego Simeone é técnico do Atlético de Madri desde 2011. É conhecido por armar times defensivos.

Com Simeone no comando, os “colchoneros” chegaram duas vezes à final da Champions, em 2014 e em 2016. 

E são os atuais campeões espanhóis.

Nem por isso algum colunista espanhol, ou de qualquer outra nacionalidade, chamou o Atlético de Madri de Ninguém Futebol Clube.

O Atlético de Madri treinado por Diego Simeone não é Ninguém Futebol Clube.

Merece respeito.

O Juventus, da Mooca, quando era comandado por Milton Buzzetto, nos anos 60 e 70, encarava os seus adversários com uma retranca explícita.

Colecionou vitórias contra os grandes do futebol paulista.

Fez do Corinthians a sua principal vítima.

Façanhas que justificaram o apelido de “Moleque travesso”, incorporado pelo charmoso clube da Rua javari.

Buzzetto até hoje é chamado de o rei da retranca do futebol paulista.

O Juventus nunca foi chamado de Ninguém Futebol Clube.

Pelo contrário, o “Moleque travesso” sempre foi tratado com muito carinho por quem ama o futebol.

O Santos adotou um esquema defensivo contra o Fluminense, no sábado. Deu três chutes a gol no primeiro tempo. E nenhum no segundo tempo. Saiu do Maracanã com o resultado que buscava.

Foi um 0 a 0 redentor para um time que colecionava fracassos, no Paulistão e na Copa Sul Americana.

O argentino Fabian Bustos, o seu treinador, fez a sua sexta partida no comando da equipe. Destas seis partidas, cinco foram realizadas fora da Vila Belmiro.

Está, pois, em início de trabalho.

A situação financeira do clube é preocupante. Andrés Rueda, o presidente, passou a maior parte do tempo de sua gestão tentando pagar contas. 

Está sendo acusado de “só pensar em pagar boletos”, dizem os críticos.

Como se pagar as dívidas deixadas por outras gestões fosse um defeito. 

É chamado de “boleteiro” pela oposição.

E por jogar recuado a maior parte do jogo do Maracanã, o Santos foi chamado de Ninguém Futebol Clube pelo colunista Juca Kfouri.

Ao chamar o Santos Futebol Clube de Ninguém Futebol Clube, Juca exerceu o seu direito de opinar.

Ao exercer o direito de opinar, Juca Kfouri faltou com o respeito com o clube que é conhecido mundialmente por jogar ofensivamente.

E por ter o DNA ofensivo, como gostava de dizer, coberto de razão, Luís Álvaro Oliveira Ribeiro, o Laor, ex-presidente do clube, já falecido.

Assim como reconheço ser legítimo o direito que o Juca Kfouri tem de opinar, vou exercer também o meu direito de opinar.

E digo, com o respeito que o combativo Juca merece: Juca Kfouri, foi um por uns cliques a mais que você chamou o Santos Futebol de Ninguém Futebol Clube.

Você conseguiu os cliques a mais que buscava.

Está satisfeito?

 

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