Sempre gostei dos garagistas da F1. Aqueles sujeitos que um dia fundaram suas equipes após terem sido pilotos ou, ainda, que tiveram um dia a paixão por construir um carro, emprestando seus sobrenomes.
Nomes e sobrenomes sonoros que povoam minha memória, como Guy Ligier, Ken Tyrrell, Bruce McLaren, Jack Brabham, Jackie Stewart, Emerson Fittipaldi, Giancarlo Minardi, Eddie Jordan, Peter Sauber, Alain Prost, Frank Williams e, é claro, Enzo Ferrari.
Da listinha acima, restaram quatro: McLaren, Williams, Sauber e Ferrari. A Sauber agoniza.
E, enquanto as montadoras entraram e saíram da categoria desde 1950, os tais garagistas, como Quixotes, duelaram contra poderosos moinhos de vento para manterem-se no grid por anos a fio. Frank Williams, por exemplo, foi do céu ao inferno para voltar a respirar sem ajuda de aparelhos desde o ano passado.
Renault, Honda, Mercedes, BMW, Jaguar (entendam Ford), estão entre aquelas que, de acordo com os resultados, a maré a favor ou contra do mercado, se estavam vendendo bem ou não seus carros de passeio, fazem parte da turma do entra e sai...
Falando em vento a favor, acho impossível deixar de estabelecer uma relação de proximidade entre Benetton e Red Bull, ambas empresas de outros setores que de patrocinadoras de equipes tornaram-se proprietárias.
A italiana Benetton deixou de ser apenas uma fabricante de roupas com um marketing de primeiríssima qualidade com o genial Oliviero Toscani para aportar na F1 de maneira tímida, em 1986. Cresceu rapidamente, destacando-se com Piquet para chegar ao olimpo com Schumacher.
Os projetistas John Barnard, e depois a dupla Ross Brawn e Rory Byrne, garantiram à Benetton o status até então exclusivo de potências como Ferrari, Williams e McLaren.
Aí aconteceu a debandada. Schumacher foi para a Ferrari, Ross Brawn e Rory Byrne também pularam fora e os bons resultados foram rareando.
Em 2001, após 16 temporadas, os italianos consideraram que esse negócio de F1 não era o supra sumo quando passaram a se engalfinhar no meio do pelotão com equipes medianas. A ideia de perder talvez pudesse repercutir mal no mercado de roupas...
Com a Red Bull, vejo situação semelhante.
A saída de Sebastian Vettel e a "tirada de pé" de Adrian Newey dos projetos, cheiram muito parecido com os casos Schumacher e a dupla Barnard/Byrne.
Helmut Marko, consultor da equipe, está perdendo a paciência com a fornecedora de motores, no caso a Renault.
Após a hegemonia durante a era Vettel, tetracampeão consecutivo entre 2010 e 2013, o ano de 2014 começou assustador com o propulsor turbo, muito problemático. Ainda assim, Ricciardo venceu três GPs.
No primeiro dia de treinos livres para a corrida na Austrália, que abre a temporada de 2015, Marko defenestrou a fabricante francesa, dizendo-se que a diferença para os concorrentes mais rápidos (entenda-se Mercedes e Ferrari) é assustadora.
A imagem da Red Bull é vinculada ao sucesso, à semelhança da marca de cigarros Hollywood. Lembram da propaganda? "Hollywood, o sucesso".
Andar no meio do pelotão talvez atrapalhe o negócio dos energéticos.
A Red Bull está em sua 11º temporada. Hoje não apostaria que chegará à longevidade da Benetton.
Será que a Red Bull vai superar a Benetton em longevidade na F1?
13/03/2015Carnaval na neve para dupla brasileira do Mundial de Rally Cross Coutry
15/02/2015Stock: Lucas Foresti faz balanço dos testes por sua nova equipe
09/02/2015Capacete de Ouro, em sua 18ª edição, premia os melhores do automobilismo brasileiro
18/12/2014Barrichello diz que precisará redobrar o trabalho em busca do bicampeonato na Stock e não descarta 24 Horas de Le Mans
05/12/2014