Foto: Ivan Storti/Santos FC

Foto: Ivan Storti/Santos FC

Cuca disse que vai cumprir seu contrato com o Santos, que vence dia 24 de fevereiro.

“Depois, veremos”.

Os rumores são fortes de que o treinador já decidiu ir embora.

Então, que vá.

Paradoxo dos paradoxos, Cuca foi fundamental para o Santos chegar às final da Copa Libertadores da América.

E fator determinante para que o time perdesse para o Palmeiras.

O treinador viveu um péssimo sábado no Maracanã.

Escalou mal o time.

Muito mal.

Com medão do Palmeiras, quebrou a estrutura da equipe, ao optar por Sandry no lugar de Lucas braga.

Lucas não é um cracaço, daqueles que enchem os olhos de quem gosta de futebol.

Mas vinha cumprindo um papel importante no time.

Dava trabalho para a defesa adversária com sua velocidade. E ajudava e muito o sistema defensivo, com a sua aplicação tática.

Foi assim contra o Grêmio, nos dois jogos e também foi assim contra o Boca Juniors, na Bombonera e na Vila Belmiro.

Pois foi trocado por Sandry diante do Palmeiras. Foi o que bastou para que o Santos não tivesse opções ofensivas. Soteldo e Marinho ficaram sem um companheiro no ataque para atormentar os defensores do Verdão.

Assim, Marinho e Soteldo foram facilmente dominados pela zaga palmeirense.

Além de escalar mal, muito mal, Cuca completou o péssimo serviço ao ser expulso de campo nos minutos finais. Foi tentar retardar o reinício da partida e recebeu o vermelho.

Cuca é um técnico medroso.

Sempre foi.

Claro que é inquestionável que foi um gestor de grupo elogiável no Santos.

Acalmou os ânimos dos jogadores em meio à grande crise financeira que o clube enfrentou, e ainda enfrenta.

Deu opotunidades e afagos a jovens jogadores como Kaio Jorge, Sandry, Bruno Marques, Ivonei e Lucas Lourenço.

Foi importante.

Em todas as entrevistas coletivas, Cuca lembra o trabalho de bombeiro que teve de realizar no CT Rei Pelé.

Mas os tempos no Santos agora são outros. A nova gestão, comandada por Andrés Rueda, está colocando a casa em ordem.

O clube não deve mais salários.

Aos poucos, o clube começa a se afastar do caos administrativo dos úiltimos anos.

Cuca nadou de braçada no bagunça em que se trasformou o clube.

A nova administração não quer mais que a situação financeira caótica do Peixe seja exposta frequentemente.

Cuca estava tão habituado a lembrar a sua condição de bombeiro, que terá dificuldades para se acostumar com um cenário mais calmo.

O momento é propício para o clube buscar um técnico mais sereno, com metodologias de treinamentos e esquemas táticos mais modernos.

Se Cuca quer sair, que saia.

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