Foi 3 a 1 para o Goiás. Três falhas do goleiro Gabriel Brazão. Está explicado o vexame do Santos no campeonato? Não, não está. Brazão falhou ontem em três lances que deram a vitória ao Goiás.
Mas o fato é que o goleirinho impediu derrotas do time de Carille nesta mesma Série B.
Brazão é inexperiente.
Formado pelo Cruzeiro, foi para a Europa, comprado pela Inter de Milão, mas não conseguiu jogar.
É no Santos que ele está tendo contato com o gol de um time profissional.
Sim o Santos já foi uma equipe de expressão.
Hoje, não mais.
Não é.
Faz uma campanha horrível na Série B.
Não lidera a competição.
O líder é o Novorizontino, que tem uma folha salarial de, no máximo, R$ 1,5 milhão.
A folha do Santos, de vexames acumulados, ultrapassa os R$ 15 milhões mensais.
O time vive do prestígio internacional dos anos de 1960, conquistado por Pelé e cia.
Neste momento há uma briga interna no Santos. Alexandre Gallo, coordenador de futebol, não tem boa relação com Fábio Carille. E nem com Marcelo Teixeira, presidente do clube.
E foi Teixeira que conduziu Gallo ao posto que ocupa. Ainda na gestão de Andrés Rueda, o ex-presidente que ficou marcado pelo primeiro rebaixamento do Santos.
Marcelo Teixeira indicou Gallo, em um momento em que Rueda corria atrás de um profissional para o cargo.
E o Peixe já dava sinais de que poderia ser rebaixado.
Como foi.
O problema é que Gallo errou muito. Foi ele o responsável pelas contratações de Morellos, atacante que está emprestado ao futebol colombiano, mas que ainda pertence ao clube da Baixada santista.
Alfredo Morellos veio para o Santos para ganhar R$ 900 mil mensais. Um absurdo para um jogador visivelmente fora de forma.
Como também está fora de forma o meia Patrick, outro reforço trazido por por Gallo. Patrick não joga. Sempre que entra em campo mostra morosidade.
Não cria, não marca, não chuta a gol.
Um desastre.
Em campo, o Santos é um time previsível, que abusa dos passes laterais.
É lento, enfim, apresenta um futebol irritante, que enche seu torcedor de revolta.
Nenhum torcedor do Santos aguenta mais ver jogos de sua equipe.
A chance de o time subir para a Série A é grande.
Mas não é certo que vá conquistar o acesso.
Poucos acreditam que será o campeão da Série B.
Caso perca mais jogos, pode ver a luta pela volta à Série A acirrar de vez. É bom ficar de olho no Mirassol, adversário do Santos, sábado na Vila, América (MG), Sport Recife, além do líder Novorizontino, claro, que podem complicar a situação do Santos, por enquanto de Fábio Carille.
E o pior, e mais absurdo, deixei, de propósito, para o fim.
A pedido de Alexandre Gallo, o Santos já pagou R$ 4 milhões de prêmios (bichos) aos jogadores até agora na Série B.
Enquanto o time permanecer entre os quatro melhores colocados, os jogadores seguem recebendo os prêmios por vitória.
No total, o clube ofereceu R$ 7 milhões de gratificação para que o clube seja reconduzido à elite do futebol brasileiro.
O risco de não subir existe.
Caso o Santos não suba, os jogadores já terão recebido uma bolada de R$ 4 milhões para dividir entre eles.
Um absurdo.
O futebol que o Santos mostra na Série B só não é mais horroroso do que a camisa amarela que voltou a usar nesta segunda-feira, na Serrinha.
Camisa horrível, condizente com o rendimento que o time mostra em campo.
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