O centroavante lembra que não chegou a existir uma imposição para que recusasse a oferta

O centroavante lembra que não chegou a existir uma imposição para que recusasse a oferta

José Ricardo Leite e Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

Não foi por falta de vontade que o ex-atacante do Palmeiras Oséas ficou de fora da galeria de esportistas que expuseram seu corpo em fotos para o público gay. Mas quando os patrões aconselham, é melhor acatar para evitar qualquer atrito.

Foi desta forma que o artilheiro das trancinhas foi demovido da ideia depois de ser alvo da "G Magazine", revista voltada para homossexuais que no fim da década de 90 e que passou a mirar jogadores de futebol em estratégia para alavancar as vendas.

O baiano foi convidado pela publicação, mas desistiu depois de conversar com os dirigentes da Parmalat, então patrocinadora do time alviverde e que na época detinha os direitos federativos e de imagem do jogador.

O centroavante lembra que não chegou a existir uma imposição para que recusasse a oferta, mas sim uma conversa em que a empresa explicava que era melhor evitar uma exposição desnecessária de sua imagem. Ele conta que não chegou nem a discutir os valores ao ser sondado. E que como a empresa se posicionou negativamente, abortou as negociações.

"Como tinha contrato com a Parmalat, interferiram pois achavam que não era uma coisa legal. Na época eu aceitaria sim, mas os dirigentes me chamaram e explicaram que não achavam que era uma atitude muito legal. Acabei não levando a diante", lembrou Oséas, em entrevista ao UOL Esporte.

"Não chegou nem a vir uma proposta para fechar o negócio. O pessoal da Parmalat disse que se isso viesse a acontecer, não achariam legal. Aí nem falamos de valores, nada. Eu não sou modelo, meu negócio era jogar bola. A Parmalat era a empresa que me pagava, não me impuseram nada, falaram que não achavam legal, e foi coisa até mais de amigo do que empresa e empregado. Aí morreu o negócio", recordou.

Foto: UOL

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