O meia-atacante Dudu está à disposição do técnico Oswaldo de Oliveira a partir do dia 3 de junho. Após o julgamento da última segunda-feira e a punição de 180 dias ao jogador, os advogados do Palmeiras pediram um efeito suspensivo até o recurso ser julgado. A informação foi confirmada pela Federação Paulista de Futebol na tarde desta sexta-feira.

Após o julgamento, o advogado do Palmeiras, André Sica, admitiu que o plano era exatamente esse. "A ideia é que ele só seja punido depois que for tomada uma decisão final", disse na ocasião.

Dudu foi julgado pelo TJD-SP (Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo) e foi considerado culpado por unanimidade. Ele foi denunciado por praticar agressão física contra o árbitro Guilherme Ceretta de Lima, com pena mínima de 180 dias (enquadrado no artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva).

O Palmeiras, inicialmente, tentou desqualificar o artigo em que o atacante foi enquadrado. A ideia era convencer os auditores de que o empurrão no juiz foi, na verdade, um ato hostil, infração considerada mais branda pelo CBJD. O clube, porém, não conseguiu alcançar o objetivo.

A expulsão de Dudu ocorreu na segunda final do Campeonato Paulista, contra o Santos. Após desentendimento com Geuvânio, o jogador do Palmeiras foi expulso por Ceretta. Depois, atingiu o árbitro pelas costas e fez xingamentos. O camisa 7 precisou ser contido pelos companheiros para deixar o gramado da Vila Belmiro.

O caso é parecido com o de Petros. No Brasileirão do ano passado, o meia do Corinthians acertou o árbitro Raphael Claus, também em jogo contra o Santos. O atleta também foi suspenso por 180 dias. O clube alvinegro conseguiu um efeito suspensivo na mesma semana do julgamento. Duas semanas depois, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) reduziu a pena para três jogos. Se o mesmo acontecer com Dudu, a suspensão se restringe ao Campeonato Paulista. O camisa 7, então, ficaria fora do início da edição 2016.

Foto: UOL