Muito calor no extinto autódromo de Jacarepaguá. Foto: Reprodução/YouTube

Muito calor no extinto autódromo de Jacarepaguá. Foto: Reprodução/YouTube

A sessão "Olhos no retrovisor" traz nesta terça-feira (9) um pouco daquilo que aconteceu durante a pré-temporada de 1987 da Fórmula 1, realizada no extinto autódromo carioca de Jacarepaguá, em matéria exibida pela TV Globo.

Os pilotos entrevistados falaram sobre  o retorno dos motores aspirados, que seriam utilizados a partir daquele ano.

O suíço Clay Regazzoni, já falecido, é o primeiro a falar na matéria apresentada por Léo Batista com reportagens de Reginaldo Leme. Regazzoni, que é cumprimentado por Senna durante a entrevista, critíca os motores turbo.

"É algo inteligente o abandono do turbo na Fórmula 1. A coisa mais inteligente que a Federação Internacional de Automobilismo fez nos últimos dois anos, sem sombra de dúvida, porque o turbo não trouxe nada de positivo à Fórmula 1, somente a elevação dos custos à níveis altíssimos", disse Regazzoni, que já não pilotava mais, era comentarista de tevê, uma vez que havia sofrido um acidente em 1980, durante o GP dos EUA (Long Beach), quando ficou paraplégico.

Ayrton Senna foi menos radical nas críticas, mas considerou o retorno dos motores aspirados como um fator positivo, levando em consideração o aspecto de a maior parte da frota automobílistica utilizarem este tipo de propulsor.

Nelson Piquet, por outro lado, disse que a volta dos motores aspirados seria um retrocesso do ponto de vista técnico e alertou para a diferença que existiria na temporada de 1988, com carros equipados com motores turbo e aspirados (o regulamento permitia a convivência dos dois tipos).

O belga Thierry Boutsen projetou no começo de 1987 que um brasileiro seria o campeão da temporada, fato que se confirmou com o título de Nelson Piquet (Williams-Honda). Senna terminou na terceira colocação, com Lotus-Honda.

Os motores turbo foram reintroduzidos à F1 em 2014. Os propulsores V6 de 1.6 litros substituíram os V8 de 2,4 litros, que até hoje são os utilizados.

OUTROS TEMPOS, OUTRO TIPO DE PRÉ-TEMPORADA...

O regulamento restitivo da F1, com escassos testes atualmente, prevê uma pré-temporada muito diferente em relação ao que se fazia há duas ou três décadas.

A pista de Jacarepaguá era uma daquelas (ao lado do Estoril), amplamente utilizado pelas equipes naquilo que chamavam de testes de pneus, que obviamente era muito mais abrangente. Avaliar os pneus era uma desculpa para que as escuderias testassem absolutamente tudo, sem os devaneios atuais.

Sob o Sol escaldante do Rio de Janeiro, mecânicos e engenheiros caminhavam pelos boxes e pit-lane de bermuda e, muitas vezes, sem camisa.

Aliás, a pré-temporada antigamente era a "cereja do bolo" após os "testes de inverno", realizados na Europa, onde as equipes tinham total liberdade. Andavam o quanto podiam e o ambiente era de muito mais descontração na capital carioca..

ABAIXO, MATÉRIA SOBRE A PRÉ-TEMPORADA DE 1987, COM REPORTAGENS DE REGINALDO LEME E APRESENTAÇÃO DE LÉO BATISTA


   

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