Verdão e tricolor fazem a revanche do estadual do ano passado. Foto: Cesar Greco

Verdão e tricolor fazem a revanche do estadual do ano passado. Foto: Cesar Greco

Quando entraram no gramado do estádio do Morumbi, nesta quarta-feira (30), para a disputa da primeira partida da grande final do Campeonato Paulista 2022, São Paulo e Palmeiras reeditarão a decisão do ano passado. As das equipes chegarão bastante modificada em relação ao que eram em 2021. E não necessariamente pelas peças de seus elencos já que a maior parte dos atletas que estava no final da última temporada ainda estão nos dois cubes.

O Palmeiras que disputará a final do Paulista 2022 é muito melhor do que aquele de 2021. E de novo, não pelas peças. Aquela equipe que chegou à decisão no ano passada ainda estava em fase de consolidação do trabalho de Abel Ferreira, que tinha cerca de quatro/cinco meses de clube (embora, claro, já tivesse conquistado Libertadores e Copa do Brasil) e vinha absurdamente desgastado com um final de temporada 2020 extremamente cansativo e sem uma pré-temporada decente.

Hoje, o Verdão é um time sólido, com um treinador vivendo seu ápice, com as ideias implementadas sendo executadas de forma extremamente eficientes (gostemos ou não delas). O Palmeiras de 2022 é ainda mais organizado e ajustado que o de 2021. Mais do que isso: no ano passado, a crítica feita ao técnico Abel Ferreira foi pela falta de repertório para vencer suas partidas e hoje o time do Allianz Parque tem bastante repertório. Nada como o tempo no futebol, não?! Quando perdeu a final do Paulista, Abel dava declarações duras e dúbias, muitas vezes dando a entender que não duraria muito mais no Brasil. Hoje, de contrato renovado, respaldado por torcida e diretoria, o português é o melhor treinador em atividade no futebol brasileiro.

O São Paulo, no entanto, não é um time melhor do que aquele que disputou a venceu a final do estadual em 2021. Talvez não seja pior. Mas melhor não é. No ano passado, sob o comando de Hernán Crespo, o Tricolor apostou tudo no Paulista e foi exemplo de intensidade no início da temporada. A conta chegou após o estadual. Mas naquele momento funcionou muito bem.

Se em 2021 Abel chegou à final do Paulistão com cerca de cinco meses de trabalho, quem vive essa situação em 2022 é Rogério Ceni no Tricolor. O ex-goleiro ainda está encontrando sua equipe ideal e o trabalho, embora venha evoluindo, está longe de estar consolidado.

Em 2022, a gente sabe exatamente o que esperar do Palmeiras e ainda é difícil dizer o que esperamos do São Paulo. Nesse cenário, é lógico apontar o Verdão como favorito. Mas entre os arquirrivais que enfrentaram o Palmeiras no ano, o Tricolor foi quem mais equilibrou o confronto e isso é uma amostra de que o time de Ceni pode ser muito competitivo nesta decisão.

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