Ele também trabalhou como preparador de goleiros em três Copas do Mundo. Foto: Divulgação/CBF

Ele também trabalhou como preparador de goleiros em três Copas do Mundo. Foto: Divulgação/CBF

Wendell, goleiro que marcou época no futebol carioca por Botafogo e Fluminense, morreu nesta segunda-feira (23) aos 74 anos, em São Lourenço do Oeste (SC). A causa da morte, até o momento, não foi divulgada, bem como local e horários das cerimônias fúnebres.

Pernambucano de Recife, onde nasceu em 21 de novembro de 1947, Wendell Lucena Ramalho começou sua carreira pelo Botafogo (RJ), e em seguida defendeu o Santa Cruz (PE). Regressou ao time da estrela solitária, onde permaneceu por mais tempo e depois atuou pelo Fluminense, 

Voltou à capital pernambucana para novamente defender a meta do Santa Cruz e depois jogou por Guarani (SP), Vila Nova (GO) e Ferroviário (CE), este seu último clube profissional.

Entre 1973 e 1974, quando era goleiro do Botafogo, foi convocado para representar a Seleção Brasileira. Aliás, era o favorito para ser o titular da meta canarinho na Copa de 1974, na Alemanha, mas uma lesão, às vésperas da competição, o impediu de estar presente naquele Mundial.

Wendell se contundiu no menisco de seu joelho direito em um amistoso contra o clube Racing Strasbourg, em Estraburgo, na França, partida que terminou empatada em 1 a 1, no dia 30 de maio de 1974. Waldir Peres (1951-2017), então no São Paulo, foi convocado para o seu lugar, e Emerson Leão foi o titular da meta brasileira naquela Copa. O outro goleiro convocado foi Renato, então no Flamengo

Wendell Trabalhou como preparador de goleiros nas Copas do Mundo de 1994, 1998 e 2006.

Taffarel, goleiro do Brasil nas Copas de 1994 e 1998, que hoje trabalha como preparador de goleiros da Seleção, foi treinado por Wendell e lamentou a morte do ex-goleiro, em nota oficial divulgada pela CBF.

Fiquei realmente muito triste, porque nós tínhamos um bom relacionamento. Toda vez que eu ia para a Seleção a gente sempre trocava ideia, eu contava as novidades, tudo aquilo que estava acontecendo ali dentro da Seleção com os goleiros, pedia muito a opinião dele também. Foi um treinador que me ajudou bastante na Seleção Brasileira, nós convivemos por muitos anos. Eu espero que a família toda possa estar sendo confortada nesse momento difícil. Vejo a repercussão nos grupos de jogadores de 94 e 98, todo mundo bastante triste, chateado. Hoje a gente perde uma grande pessoa. Que Deus o tenha", lamentou Taffarel.

Um dos mais belos gols marcados por Roberto Dinamite (Vasco) foi na meta defendida por Wendell, então no Botafogo. O atacante cruzmaltino matou a bola no peito, deu um chapéu no zagueiro Osmar Guarnelli e arrematou sem pulo, indenfensável para o agora saudoso Wendell.

Em pé: Wendell, Jaime, Julio César, Ariovaldo (lateral que foi campeão pelo Atlético-PR), Edson e Almeida. Agachados: Lúcio, Hernani Banana (também jogou no Vasco e Portuguesa), Careca, Jorge Mendonça e Capitão. Neste dia, o Guarani venceu o Náutico por 2 a 0 pelo Campeoanto Brasileiro de 1982, no dia 07 de março. Informações de Artur Eugênio Mathias, que nos enviou a foto


Em pé: Piazza, Marinho Chagas, Clodoaldo, Wendell, Renato, Leão, Paulo César Caju, Dirceu, Leivinha, Luis Pereira e Zé Maria. Sentados: Valdomiro, Marco Antônio, Moisés, Carbone, Edu, Dario, Rodrigues Neto, Rivellino, Chiquinho Pastor, Jairzinho e Palhinha


A Seleção Brasileira disputou um amistoso contra a Tchecoslováquia, em 7 de abril de 1974. O time se preparava para a Copa da Alemanha. O resultado foi 1 a 0 para o Brasil, gol de Marinho Chagas. Em pé: Zé Maria, Marinho Chagas, Wendell, Luís Pereira, Piazza e Carbone. Agachados: Mário Américo, Jairzinho, Paulo César Carpegiani, Mirandinha Ademir da Guia, Edú e Nocaute Jack. Foto enviada por Walter Roberto Peres e publicada na Revista Placar


Em pé: Mauro Cruz, Nei Conceição, Wendell, Djalma Dias, Osmar e Valtencir. Agachados: Zequinha, Carlos Roberto, Roberto Miranda Jairzinho e Careca. Foto enviada por Walter Roberto Peres e publicada na Revista Placar


EM PÉ: Brito, Wendell, Valtencir, Nei Conceição, Osmar e Marinho Chagas. AGACHADOS: Zequinha, Carlos Roberto, Jairzinho, Fischer e Ademir Vicente


Vejam o Botafogo de 1973, em foto da revista Manchete. Em pé, da esquerda para a direita: Miranda, Wendell, Osmar, Brito, Marinho Chagas e Carlos Roberto. Agachados: Zequinha, Marco Aurélio, Fischer, Jairzinho e Dirceu. Quem nos enviou a foto foi Walter Roberto Peres.


Antes de Brasil e Romênia no Morumbi, em 1974, jogadores do Brasil acompanham a execução do Hino Nacional. Vemos Clodoaldo, Wendell, Nelinho, Marco Antônio e o saudoso Enéas


EM PÉ: Luís Pereira, Nelinho, Marinho Peres, Marinho Chagas, Wilson Piazza, Wendel e o professor Admildo Chirol. AGACHADOS: NLeivinha, César, Rivellino, Paulo Cézar Caju e o roupeiro Ximbica


 


Pouco antes da Copa da Alemanha, em 1974, servindo a Seleção Brasileira: o goleiro Wendell, Émerson Leão e César Maluco Lemos


No início dos anos 70, em um apartamento de cobertura, Marinho Chagas (à esquerda), conversa com o comentarista Zé Italiano e o goleiro Wendell. Foto: arquivo pessoal de Reinaldo Simi Júnior


Dois momentos de Wendell


Em 2020, durante entrevista para o canal Museu da Pelada. Foto: Reprodução


Na formação clássica do Botafogo, em pé, da esquerda para a direita, o primeiro é Edmilson, o segundo é Wendell, o quinto é Osmar Guarnielli e o último é Marinho Chagas.Foto: Acervo pessoal


Botafogo em 1973. Em pé: Miranda, Wendell, Osmar Guarnelli, Brito, Marinho Chagas e Carlos Roberto. Agachados: Zequinha, Marco Aurélio, Fischer, Jairzinho e Dirceu


Botafogo em 1973. Em pé: Valtencir, Nilson Andrade, Wendell, Brito, Carbone e Marinho Chagas. Agachados: Zequinha, Carlos Roberto, Fischer, Nílson Dias e Dirceu.


Wendell, em 1980, defendendo o Santa Cruz


Na capa da Revista Placar, no início dos anos 80, quando defendia o Santa Cruz


Equipe do Santa Cruz em 1980. Em pé, da esquerda para a direita: Wendell, Everaldo, Paulo Galvão, Valderes, Tecão e Paulo Barroco. Agachados, após o massagista: Frazão, Betinho, Carlos Roberto, Baiano e Joãozinho. Foto: Revista Placar


Fluminense, em 1979. Da esquerda para a direita, em pé: Wendell, Carlos Roberto, Moisés, Edevaldo, Edinho e Zé Marcos. Agachados: Fumanchu, Nunes, Mário, Carlos Alberto Pintinho e Zezé


Wendell fez muito sucesso com a camisa do Botafogo. Foto: Revista do Botafogo

Wendell foi preparador de goleiros da Seleção Brasileira nas  Copas do Mundo de 1994, 1998 e 2006. Foto: Divulgação/CBF

 

Últimas do seu time