O ex-atleta estava há mais de três meses internado no Hospital de Clínicas da Unicamp

O ex-atleta estava há mais de três meses internado no Hospital de Clínicas da Unicamp

CLIQUE AQUI E CONHEÇA A HISTÓRIA DE PAULO LEÃO NA SEÇÃO "QUE FIM LEVOU?"

Paulo Gracindo Leão, ex-centroavante com passagens marcantes pelo Guarani e pelo Palmeiras, morreu na madrugada desta quarta-feira, 8, aos 76 anos, em Campinas-SP, vítima de falência múltipla de órgãos. O ex-atleta estava há mais de três meses internado na UTI do Hospital de Clínicas da Unicamp.

Ele era professor de Educação Física e trabalhava em uma imobiliária na cidade de Campinas-SP. Paulo era casado e tinha cinco filhos. Como jogador, Paulo Leão começou a carreira no Guarani. Em uma partida contra o Taubaté, no começo dos anos 60, Paulo Leão que estava na reserva, foi o herói da vitória bugrina, de virada. Ele marcou cinco gols em apenas 15 minutos, mas, mesmo assim, um jornalista de Campinas publicou assim a avaliação do centroavante: "Paulo Leão: marcou cinco gols e mais nada. Nota 2". Mas, o centroavante, apesar da avaliação bastante equivocada além de cômica do jornalista, garante não ter ficado nervoso. "Acho que ele estava de bronca comigo (risos)", comentou certa vez o ex-atacante.

Em 1963, o Guarani negociou Paulo Leão. "Deixei o clube para jogar no Palmeiras. Na época, eu me lembro que foi uma negociação cara", contou o ex-centroavante, em uma entrevista concedida ao portal Terceiro Tempo.

Com a camisa palmeirense, o atacante fez 25 partidas (16 vitórias, sete empates e duas derrotas) e marcou oito gols (segundo números do "Almanaque do Palmeiras", de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti).

Em 64, um ano após conquistar o Paulista pelo Verdão, ele saiu do estado de São Paulo e foi jogar no América do Rio, que era dirigido por Zizinho e tinha jogadores como o ponta-esquerda Eduardo, que depois jogou no Corinthians. Depois do América, ele ainda jogou no Botafogo e na Francana, onde encerrou a carreira com apenas 32 anos.

Logo depois, Paulo Leão começou a carreira de técnico. Em 78, ele assumiu a Ponte Preta, que tinha sido vice-campeã paulista um ano antes (sob o comando de Zé Duarte). Em 81, o ex-atacante foi o treinador do Avaí, campeão catarinense. "Levei bons jogadores para o Avaí, entre eles o meia Eli e o ponta-esquerda Carlinhos (ambos ex-Corinthians), e o time foi bem", dizia Paulo Leão, que em 87 voltou a trabalhar em Campinas e com uma equipe cheia de estrelas. "Dirigi o Guarani, que tinha o Neto, o Evair e companhia. Era outro grande time", lembrava o ex-centroavante, que também trabalhou como técnico no Botafogo de Ribeirão, no Uberaba (MG), no Moto Clube (MA) e outras equipes do futebol brasileiro.

Últimas do seu time