O Santos está gastando o que tem e o que não tem para voltar à elite

O Santos está gastando o que tem e o que não tem para voltar à elite

O Santos (ainda) não subiu para a Série A. Terá mais três jogos na Série B. Coritiba (fora), CRB (em casa) e Sport Recife (fora). Nestas três partidas, terá de vencer pelo menos uma delas. Se empatar, por exemplo, com o Coritiba, vai ter de torcer para o Ceará não ganhar do Botafogo, em Ribeirão Preto.

Uma vitória do time cearense, adia o sonho do Santos de voltar para a elite do futebol brasileiro.

Ou seja, o retorno não está confirmado.

A vitória (3 a 0) sobre o Vila Nova, sábado, 2/11, na Vila Belmiro, foi comemorada pela comissão técnica, torcida e jogadores.

Até Neymar entrou na festa.

Entrou por vídeo para falar com o atacante Guilherme, que fez tabelinha com o técnico Fábio Carille, que passou a bola para Marcelo Fernandes.

Isso mesmo.

Marcelo Fernandes, o técnico sempre tampão, que dirigiu o Santos nas últimas partidas da Série A em 2023, aproveitou para desabafar. Criticou as últimas gestões do clube. Claro, nem poderia ser diferente.

Ele é a da turma do Marcelo Teixeira, o presidente de plantão, e jamais faria qualquer crítica ao seu padrinho, o homem que o mantém no emprego de auxiliar.

Junto com Arzur, preparador de goleiros, e outros que nem merecem ser citados.

Foi feita a festa, como se o objetivo principal já tivesse sido alcançado. Claro que o time está muito perto do acesso à Série A.

Não me atreveria escrever que o Santos não vai subir.

É quase certo que sim.

Mas ainda não subiu.

E quem acompanhou a Série B com olhos de ver, viu que o time do Santos em nenhum momento deu ao seu torcedor a certeza de poder ver um bom futebol.

Foi, sempre, um time medroso, sem intensidade, respeitando muito o adversário, fosse ele o Amazonas, a Chapecoense, ou qualquer outro time.

Embora esteja com 65 pontos ganhos, a equipe de Carille, com a maior folha de pagamento da competição (quase 12 milhões de reais), sofreu oito derrotas até a última rodada.

Carille, durante a entrevista coletiva comemorativa, foi logo avisando que o elenco está de folga até quarta-feira próxima 6/11. Informou também que logo na volta o elenco será premiado com uma badalada churrascada.

Logicamente que a churrascada será acompanhada por uma sempre aguardada cervejinha.

Afinal, ninguém é de ferro.

Só depois, o time começará a preparação para enfrentar o Coritiba, repito, fora de casa, na segunda-feira, 11/11.

O elenco receberá uma boa bolada de bicho para conquistar o acesso. Informações dão conta que a premiação está sendo paga assim que as vitórias acontecem.

O Santos está gastando o que tem e o que não tem para voltar à elite. Contratos de Willlian Bigode, Gil, Giuliano e de Julio Furch têm gatilhos salariais com ganhos absurdos e inimagináveis para qualquer torcedor santista, que observa com atenção as atuações pífias deles no gramado.

Voltando ao jogo de sábado na Vila, além da entrevista coletiva, com o anúncio de que o elenco estaria de folga até quarta-feira e o desabafo de Marcelo Fernandes, teve também a briga de Marcelo Teixeira e família com um grupo de torcedores.

Marcelo Teixeira não gostou da manifestação dos torcedores, que pediam a contratação de reforços e exigiam a demissão de Fábio Carille.

De seu camarote, Teixeira, a esposa, Valéria, e o filho Marcelo Teixeira Filho, bateram boca com os manifestantes.

Irritado, Marcelo Teixeira disse para um dos manifestantes: “Eu vou te pegar”.

Os dois lados só não partiram para as agressões físicas porque seguranças e policiais militares não deixaram.

Os torcedores têm direito de protestar.

Marcelo Teixeira não é o dono do Santos.

Os donos do Santos são seus torcedores.

Marcelo Teixeira, como qualquer outro dirigente do clube, inclusive os que levaram o Santos à Segunda Divisão e ao estado de penúria financeira atual, passam.

Repito: nenhum dirigente é dono do Santos Futebol Clube.

Nem mesmo que este dirigente tenha o sobrenome Teixeira em seu registro de nascimento.

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