Karla Torralba
Do UOL, em São Paulo
Foi realizada nesta quarta (21) o cumprimento de mandado de busca e apreensão em um imóvel de Roberto de Assis Moreira, irmão de Ronaldinho Gaúcho, em Porto Alegre, por dívida referentes a não cumprimento de acordo de um processo de crime ambiental.
O Ministério Público explicou que se trata do não cumprimento de um acordo ambiental com a Justiça por danos causados em duas áreas. "A ordem, determinada pelo juiz da 1ª Vara Cível do Foro Regional da Restinga, tem origem em execuções de multas devidas pelo não cumprimento de obrigações relacionadas ao meio ambiente, no caso, danos causados quando da implantação do Instituto Ronaldinho Gaúcho".
Em 2007, o irmão de Ronaldinho Gaúcho e o Instituto Ronaldinho Gaúcho fizeram intervenções em duas áreas: uma voltada ao Instituto Ronaldinho Gaúcho e a segunda onde era planejado sediar o Centro Ronaldinho Gaúcho.
"Na implantação dos parques esportivos, os réus, que também respondem a processo criminal, promoveram cortes de mata nativa, drenagens e movimentação de terras sem licença dos órgãos ambientais", explica o Ministério Público. As condenações por crime ambiental foram mantidas em 2013.
Foram apreendidos três veículos de luxo e uma obra de arte do pintor André Berardo. "Além disso, foram arrolados diversos bens com valor econômico como televisores, mesas de snooker e pebolim, dentre outros", diz o comunicado do MP.
O acordo feito com a Justiça nesse caso envolvia doação de área para a prefeitura de Porto Alegre e a constituição de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) com 22 hectares.
Outro processo de mais de R$ 8,5 milhões
Em outro processo envolvendo o meio ambiente, Ronaldinho Gaúcho e o irmão Roberto de Assis foram condenados em 2015 por crime ambiental por terem construído um trapiche e feito a canalização de um arroio em um sítio da família do jogador. A empresa Reno Construções e Incorporações Ltda. é a outra ré no caso.
No começo de novembro a Justiça havia determinado a apreensão dos passaportes de Ronaldinho e Assis em desenvolvimento da ação de cobrança judicial pelo mesmo caso do sítio. Os dois, no entanto, não retornaram ainda para o Brasil. Eles cumprem compromissos comerciais em vários países. Em 9 de dezembro, o ex-jogador tem partida comemorativa marcada em evento com Denílson.
Em contato com o UOL Esporte, o advogado de Ronaldinho e Assis, Sérgio Queiroz afirmou que a ação se trata de formalidade e feita na casa de Roberto de Assis.
"Os veículos removidos para depósito do MP não são do Ronaldinho. A diligência foi contra o Roberto, irmão do Ronaldinho. Trata-se de processo antigo que cumpre formalidade de depósito dos bens que servem como garantia ao processo. Nós e o Ministério Público já estamos em contato para finalizar os processos definitivamente", disse.
Sobre a ordem de apreensão de passaporte de Ronaldinho e do irmão referente ao processo de crime ambiental do sítio da família de Ronaldinho, Sérgio Queiroz afirmou que "o processo também será finalizado nos próximos dias".
Foto: Divulgação/MP
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