Jogador do Atlético de Madri por três temporadas, Thibaut Courtois não espera uma recepção agradável no próximo sábado (9), quando estará do outro lado da rivalidade pela primeira vez, defendendo o Real.

"Se eu espero que coisas sejam jogadas em mim? Durante o jogo todo. Eu já experimentei isso na Bélgica. Contra o Anderlecht, jogaram isqueiros em mim e contra o Eupen, uma jarra de cerveja. Infelizmente, isso faz parte do futebol", declarou o goleiro ao jornal belga Nieus Blad.

Por sinal, na final da Copa do Rei de 2013, vencida pelo Atlético sobre o Real por 2 a 1 em pleno Santiago Bernabéu, Courtois foi atingido por um objeto atirado pela torcida madridista.

Desde que retornou à capital espanhola, agora para jogar pelo Real, Courtois afirmou que somente uma vez foi alvo de provocações de torcedores do Atlético. "Enquanto abastecia o carro, um homem gritou "Aúpa, Atleti!", relembrou, se referindo ao grito de guerra da torcida "rojiblanca".

"Tudo se resume às redes sociais, onde é mais fácil para as pessoas manterem o anonimato. Ou em cuspir e manchar minha placa no estádio. Mas isso não importa. Se isso os faz felizes, bom para eles. Se querem arremessar coisas na minha cabeça na semana que vem, tudo bem, não me afetará no jogo. É uma motivação a mais", completou.

Courtois também minimizou ter trocado de lado no clássico, classificando isso como algo natural na trajetória dos jogadores. "Tomamos decisões de acordo com a nossa carreira. O Atlético foi a escolha perfeita para mim quando eu era jovem. Tive três anos fantásticos e cresci uma barbaridade como pessoa e jogador, mas agora é um outro capítulo."

E para ele, justamente sua passagem pelo Atlético não o impede de jogar no Real Madrid, clube que ele diz acompanhar desde criança. "Eu sempre segui Iker Casillas e, consequentemente, o Real. Não creio que devia perder essa oportunidade por ter jogado no Atlético. Durante os três anos que estive lá, eu dei tudo e disso não podem reclamar."