Histórias no futebol nem sempre são felizes para os atletas do passado

Histórias no futebol nem sempre são felizes para os atletas do passado


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@eddycalabres

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Uma família de atletas, irmãos de sangue, dois zagueiros, os “Ditões”, de Corinthians e Flamengo, e o ex-jogador da seleção brasileira de basquete, Adílson.  Os “corintianos” (beque e o ala/pivô) morreram devido a cardiopatias.

 

Mas o nosso personagem é Geraldo Freitas do Nascimento, o Ditão corintiano,  que comemoraria 76 anos justamente neste 10 de março se não fosse o seu coração ter parado no começo da década de 90.

Beque voluntarioso, vibrante, caiu nas graças da Fiel e também da Seleção Brasileira, quando em 1966 e quase foi convocado por Vicente Feola, treinador canarinho na Copa da Inglaterra , para um período de testes ao lado de outros 46 jogadores.

Mas o internauta deve se perguntar: quase?

Sim, quase. Pois a secretária da então CBD datilografou errado e convocou o “Ditão” rubro-negro e não o corintiano, escolhido por Feola.  

A entidade máxima do futebol brasileiro ficou envergonhada em reconhecer o erro e optou por não desfazer o engano.

A história vazou anos depois.   

Outra história triste e involuntária teve o ex-zagueiro como protagonista. Em uma partida de 1969, no estádio do Pacaembu, envolvendo o Timão e o Cruzeiro, o “Limpa Área” como era conhecido Ditão,  chutou a bola e acertou o olho de Tostão, atacante celeste. 

O “Mineiro de Ouro” teve um deslocamento na retina e chegou a operar nos Estados Unidos, mas em decorrência deste do incidente resolveu encerrar a carreira poucos anos depois, ainda muito jovem, aos 26 anos, no Vasco da Gama.

O defensor alvinegro, também era artilheiro pois marcava muitos gols,  não conseguiu ganhar um título pela agremiação do Parque São Jorge e no seu currículo com passagens pela Portuguesa, Juventus, o "becão alvinegro" resolveu encerrar a carreira pelo Paulista de Jundiaí em 1972, aos 34 anos.

Aposentado, foi curtir a esposa, dona Zélia, era amante do jazz e pai de três filhos. Tinha tudo para uma vida sossegada e feliz. Mas devido alguns infortúnios terminou os seus dias solitário e triste, na cidade Guarulhos-SP, morto precisamente em 01 de fevereiro de 1992 e o seu corpo somente foi encontrado por familiares três dias depois.

 

Fotos: site Tardes de Pacaembu

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