Clássico gaúcho foi um Gre-Nal de 4 gols e muita movimentação

Clássico gaúcho foi um Gre-Nal de 4 gols e muita movimentação

O Grêmio foi com o time completo para o Gre-Nal, a torcida lotou a Arena e o dono da casa saiu de campo levando na bagagem um só pontinho para a tabela dessa fase quase inútil do campeonato regional, na qual se classificam oito clubes para a etapa seguinte. 
 
Sabia-se de antemão que o melhor momento ora vivido pelo Grêmio em relação ao rival colorado não se refletiria em campo de forma contundente, nesse jogo oficial com cara de amistoso, primeiro por se tratar de um clássico, segundo porque o Gauchão não é a Libertadores da América.   
 
Era mais do que evidente que os principais jogadores gremistas iriam para essa disputa com o pensamento voltado para o jogo de quinta-feira, diante do Zamora, na estreia da Libertadores, disputando por isso de forma cautelosa cada lance da partida.  
 
Diante dessas circunstâncias, o empate não foi um mau resultado para o Grêmio, como não teria sido uma eventual derrota, não fosse o chute certeiro de Fernandinho que pegou o bom goleiro Danilo Fernandes de surpresa, quase sem chance de evitar o gol gremista.  
 
Na minha ótica, o objetivo primordial do futebol não consiste em vencer um jogo, ainda que seja um clássico, mas sim em conquistar um  campeonato relevante, que não é o caso do Gauchão.
 
O que de melhor aconteceu para o time de Renato Portaluppi nesse clássico não tem a ver com o resultado no placar e sim com o fato de ter chegado ao final da partida sem nenhuma baixa, que pudesse prejudicar a escalação da equipe para os compromissos futuros do torneio continental. 
 
Mesmo assim, não se pode negar que o time sofreu algum desgaste físico, já que enfrentou uma equipe com seu orgulho ferido pelo rebaixamento para a Série B, que fez das tripas coração para levantar o  astral de sua torcida, ultimamente tão  abalado pela avalanche de maus resultados que assolou o Beira-Rio nos últimos meses.  
 
O time de Antônio Carlos Zago, mesmo sem ter assegurado a vitória no Gre-Nal, revelou algum progresso em relação a si mesmo, com boas jogadas de ataque que, nos primeiros minutos do segundo tempo, levaram pânico à defesa gremista, liderada por Pedro Geromel, coadjuvado pelo argentino Kannemann.
 
Pelo que tinha acontecido no primeiro tempo, quando o melhor entrosamento gremista se refletiu no domínio do jogo e no placar, talvez ninguém acreditasse que o time colorado pudesse virar o placar em tão curto espaço de tempo, algo que se deveu em parte ao acerto das substituições procedidas pelo treinador Zago.
 
Mas a virada colorada aconteceu e  não foi fruto do acaso. Ela veio de forma lúcida, com uma objetividade ofensiva que pegou a retaguarda gremista de surpresa, talvez um pouco desmobilizada pela vantagem no placar e considerando o pouco que o ataque colorado havia realizado na etapa inicial. 
 
Pelo lado gremista, cabe ao técnico Renato Portaluppi preparar seu time técnica, tática e psicologicamente para entrar no clima da Libertadores, consciente de que é preciso mais empenho e melhor produtividade para começar bem a disputa do certame mais importante do "Novo Mundo". 
 
O Gauchão, a partir de agora, deve ser relegado ao plano secundário pelo clube gremista, que, se tiver juízo, disputa os jogos restantes dessa etapa do certame regional com uma equipe mista, poupando seus principais jogadores para as partidas da Copa Libertadores da América. 
 
Seria um equívoco avaliar as possibilidades do Grêmio na disputa da Libertadores baseado naquilo que o time tem revelado na disputa do Gauchão, inclusive em relação àquilo que produziu ou deixou de produzir nesse Gre-Nal. 
 
É aconselhável que os 45 mil gremistas que compareceram à Arena nesse Gre-Nal, na esperança de mais uma vitória diante do arquirrival, transfiram essa expectativa para o confronto de quinta-feira contra o venezuelano Zamora,  pela Libertadores.  
 
Mas não esperem muito. Não fiquem a sonhar com goleada, porque nesse torneio de mata-mata todos os clubes, por menos conhecidos que sejam, entram dispostos a matar e não sob a expectativa de morrer prematuramente. 
 
É notório que o esquadrão mosqueteiro do Pampa precisa melhorar consideravelmente seu atual padrão de jogo, para consolidar junto à sua torcida a convicção de que é possível  chegar ao tri da Libertadores, até porque possui no elenco novos contratados que precisarão dizer a que vieram justamente na disputa mais importante do clube neste ano de 2017. 
 
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Foto: UOL
 

 

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