Campeão da Copa do Brasil não vai além da Fase de Grupos

Campeão da Copa do Brasil não vai além da Fase de Grupos

Terminada a primeira fase da Libertadores, cumpre analisar a participação dos clubes brasileiros, até o presente, no certame continental. 

 
Talvez o dado mais importante a ser destacado é que essa primeira batalha da competição sul-americana confirmou aquilo que, em tese, poderia ter sido usado para uma projeção teórica sobre  as possibilidades de nossos clubes no torneio. 
 
Teoricamente, os cinco melhores times do Brasil em 2015 foram pela ordem Corinthians, Atlético Mineiro, Grêmio e São Paulo, que chegaram ao final do Brasileirão ocupando, respectivamente,  primeira, segunda, terceira e quarta colocações, além do Palmeiras que foi campeão da Copa do Brasil.
 
Na disputa da Libertadores,  esses clubes praticamente vêm mantendo o mesmo nível de rendimento comparativo, já que Corinthians e Atlético Mineiro, campão e vice campeão brasileiro do ano passado, acabaram em primeiro lugar em seus grupos. 
 
Enquanto isso, o Grêmio, terceiro no Brasileirão, classificou-se em segundo lugar no seu grupo, e o São Paulo, que acabou em quarto lugar no certame nacional, deve alcançar classificação também como segundo na sua chave, bastando para isso empatar com o The Srongest, logo mais à noite,  no estádio Hernando Sites, na cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra. 
 
O Palmeiras, que no ano passado ganhou a Copa do Brasil e não foi bem no Brasileirão, ainda que não tenha apresentado um mau rendimento durante sua participação na Libertadores, acabou eliminado do torneio, demonstrando que precisa melhor seu futebol para aspirar algo mais relevante nas restantes disputas de 2016.
 
No sul do país, onde o Grêmio é o representante da região na Copa Libertadores, pairam votos de confiança misturados a um ar de desconfiança entre os torcedores do tricolor do Pampa, em relação ao futuro do time na competição.  
 
Embora tenha passado para a próxima fase, depois de haver vencido a LDU na altitude de Quito, o rendimento do Grêmio no contexto geral não foi dos mais animadores nos seis jogos que disputou em seu grupo.  
 
O time de Roger Machado começou o torneio com o pé esquerdo, perdendo de 2 a 0  para o Toluca, no México, com a agravante de ter sido derrotado por um time que jogou a maior parte do tempo com um homem a menos. 
 
No segundo jogo em casa, deu uma injeção de ânimo em sua torcida, aplicando uma goleada de 4 a 0  na LDU, com direito  a show de bola do estreante Bolaños, que sinalizou com a possibilidade de poder se tornar o homem de frente impetuoso que o Grêmio tanto precisava para qualificar a sua linha ofensiva.  
 
Poucos dias depois, o misto de burrice e teimosia gremista que insiste em não poupar jogadores importantes no campeonato regional, com vistas ao certame de maior relevância, tirou dos gramados a estrela tricolor que despontava, fruto de uma lesão sofrida no Gre-Nal do Gauchão, deixando a torcida apreensiva para o compromisso seguinte, diante do San Lorenzo, em Porto Alegre.
 
Desfalcado daquele que se tornara o acréscimo de qualidade ao time, a equipe de Roger não foi além de um empate com o visitante argentino, escancarando uma visível queda de produção em relação ao compromisso anterior diante da equipe equatoriana da LDU. 
 
Sem Bolaños, lesionado,  o time gremista passou a apostar em Bobô, como solução para o seu ataque quase inoperante, motivado pelas boas apresentações do atacante nos jogos do Gauchão. 
 
Até conseguiu  melhorar um pouco seu rendimento ofensivo, mas nos demais setores o time jamais repetiu aquele futebol soberbo revelado diante da LDU, como se pôde ver no sufoco do segundo jogo contra o San Lorenzo, em Buenos Aires, onde o Grêmio se salvou por milagre, empatando a partida no finalzinho do jogo, num lance de raro oportunismo do jovem atacante Lincoln.
 
Nos seus dois últimos jogos dessa primeira etapa da Libertadores, o mosqueteiro do Pampa repetiu o pouco futebol dos dois confrontos anteriores com duas vitórias apertadas, uma em Quito, diante da LDU, e outra em Porto Alegre, contra o Toluca, que não entusiasmaram nem mesmo o mais otimista de seus torcedores. 
 
Na última partida de seu grupo,  realizada terça-feira na Arena diante do Toluca,  o Grêmio fez 1 a 0 logo nos primeiros minutos de jogo, chegando a esboçar um certo predomínio nas ações. Mas ficou só no esboço, que mal e porcamente deu apenas para segurar o resultado até o final do jogo.
 
Pela quarta vez consecutiva o Grêmio não mostrou um futebol consistente na Libertadores, permitindo supor  que, se o visitante mexicano (campeão do grupo por antecipação) não estivesse atuando com um time reserva, talvez pudesse ter saído de  Porto Alegre com um empate e quem sabe até uma vitória.
 
Sei que volto a bater na mesma tecla, mas não me constrange afirmar que se o Grêmio "gastar pólvora em ximango", expondo sua espinha dorsal, representada por Marcelo Groeh, Pedro Geromel e Luan, aos riscos da disputa regional, poderá voltar à Libertadores ainda mais debilitado, com reais possibilidades de cair já na próxima etapa do torneio. 
 
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Foto:  UOL 

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