Ricardinho foi um dos destaques da Superliga na temproada jogando pelo Vôlei Futuro

Ricardinho foi um dos destaques da Superliga na temproada jogando pelo Vôlei Futuro

Por UOL

Foram quase cinco anos fora da seleção brasileira. Mas, nesta sexta-feira, a volta de Ricardinho à equipe nacional de vôlei foi oficializada. Presente em uma lista de 18 nomes convocados por Bernardinho para a Liga Mundial, torneio que vai anteceder os Jogos Olímpicos, o levantador voltará a viver o clima de seleção, com treinos em Saquarema (RJ), concentrações e viagens com o grupo.

As temporadas boas que fez no Vôlei nos últimos dois anos certamente ajudaram Ricardinho a voltar. Seu nome voltou a ser especulado pela mídia e pedido pela torcida. Com uma relação bem mais tranquila com o grupo de selecionáveis atualmente, o jogador se diz feliz pelo retorno. Mas, mais do que isso, "doido" por voltar a treinar e trabalhar o mais rápido possível. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, porém, ele garante que, mesmo presente na Liga, a cabeça não está na Olimpíada de Londres ainda.

"Fiquei feliz demais. Eu estava esperançoso em estar na lista, mas com cautela, tranquilo. Na quarta recebi uma ligação do Basílio (do Vôlei Futuro) e fiquei sabendo que estava convocado. Depois de cinco anos, é um prazer enorme estar de volta, saber que pelo menos um pouco eu vou poder ajudar nessa fase de seleção. Agora a cabeça é primeiro a Liga Mundial. Sinceramente, prefiro não pensar em Londres. A cabeça não está lá ainda", afirmou o atleta.

Antes mesmo da decisão da Superliga, no último dia 21, quando foi vice-campeão com o time de Araçatuba, o levantador teve uma conversa com o técnico Bernardinho. No papo, o primeiro desde o desentendimento em 2007, que o cortou do Pan-Americano do Rio, nada do passado foi falado. Apenas presente e futuro. Mas nem mesmo o atleta ficou sabendo se estaria ao menos na pré-lista de 25 jogadores - no dia 23 foi divulgada a relação.

"Antes da final nos falamos, e foi uma conversa bem mais tranquila. Focada mesmo no trabalho, de como está o ritmo da seleção. O passado já foi. Falamos do presente e do futuro ligados ao time. Tenho que chegar com gás total. Não tem muito tempo para esperar agora", disse, destacando que durante a semana já trocou outras ligações com o comandante, ao lado de quem conquistou o título olímpico em Atenas-2004.

Do grupo que encontrará em Saquarema, Giba é com quem o levantador mais tem falado. Melhores amigos nos tempos de seleção, a dupla tem tido um frequente contato por telefone, e o capitão passou um "feedback" do treinamento de quem já está concentrado no CT da Confederação Brasileira. Hoje, a amizade voltou a existir entre os dois, que ficaram quase três anos sem sequer trocar um telefonema.

"Hoje, o foco não é reconciliação. Não existe mais isso. Ele é meu amigo. O foco é voltar a trabalhar. Isso eu acho fundamental no momento", completou o levantador, que, até sua saída da seleção usava a camisa 17. Até hoje, Marlon era quem vinha usando o número. Como o "atual detentor" não foi convocado para a Liga, a numeração preferida de Ricardinho está vaga. Mas ele nem liga para isso. Quer mesmo é curtir o momento e a felicidade por estar de volta. "Por mim tanto faz. É uma coisa pequena agora. Quando estiver lá, vamos ver isso. Agora não penso nisso", finalizou.

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