Já imaginou um país-sede desistir de receber uma Copa do Mundo “em cima da hora”? Pois foi exatamente isso que aconteceu com a Colômbia na década de 80.
Em 1974, a Colômbia recebeu o direito de sediar a Copa do Mundo de 1986. Apenas quatro anos antes do mundial, em outubro de 82, o governo colombiano anunciou a desistência do evento.
O país ganhou o direito de ser sede do mundial justamente em uma fase de transição da Fifa, eu passava a ser presidida pelo brasileiro João Havelange. Foi nessa gestão que o principal torneio de futebol do planeta se tornou altamente lucrativo. Mas isso exigia grandes investimentos para que a Copa se tornasse um grande evento global.
Segundo o presidente colombiano na época, Belisario Betancur, a Copa deveria servir à Colômbia, e não a Colômbia servir à Copa. Betancur, que assumiu a presidência de seu país em 82, não se conformou com a necessidade de grande investimento para o torneio. Pelos altos custos apresentados pela Fifa , então, os colombianos optaram por abrir mão da Copa, dizendo que já haviam muitos problemas para aceitar as extravagâncias da entidade máxima do futebol.
“Como preservamos o bem público, como sabemos que o desperdício é imperdoável, anuncio a meu povo que o Mundial de Futebol de 1986 não se realizará na Colômbia, após consulta democrática sobre quais são as necessidades reais do país: não se cumpriu a regra de ouro, segundo a qual o Mundial deveria servir à Colômbia e não a Colômbia servir à multinacional do Mundial. Aqui temos outras coisas a fazer, e não há sequer tempo para atender às extravagâncias da Fifa e seus sócios. García Márquez compensa totalmente o que perdemos em vitrine com o Mundial de Futebol”, disse Betancur ao anunciar a desistência colombiana.
Sem a Colômbia, a Fifa correu para buscar uma nova sede. México e Estados Unidos se colocaram à disposição, e como os mexicanos já tinham recebido o evento em 1970, ganharam o direito de sediar pela segunda vez o evento, que acabou com a Argentina campeã com show de Maradona.
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