Muita coisa mudou nos seis clubes brasileiros que ainda disputam a Libertadores após um mês e meio de paralisação da competição sul-americana. Equipes que jogaram a primeira fase mais pressionados chegam mais tranquilos para as oitavas de final. Enquanto outras que viviam momentos tranquilos anteriormente iniciam o mata-mata mais pressionados.
O grande exemplo disso é o São Paulo: apontado como melhor futebol do país nos primeiros meses da temporada, o Tricolor chegou a se dar ao luxo de poupar titulares em alguns jogos da primeira fase do torneio, privilegiando o mata-mata do Paulistão, em que acabou campeão. Um mês e meio depois, o time do Morumbi chega em situação completamente diferente. O time de Hernán Crespo iniciou muito mal o Brasileirão, acumulou nove jogos sem vitória e amargou a zona de rebaixamento. Além disso, o elenco são-paulino que vinha dando conta do recado chega muito fragilizado para encarar o Racing nas Oitavas, já que Daniel Alves está com a seleção olímpica, enquanto Miranda, Rigoni e Luciano estão lesionados.
Muita coisa mudou também no Palmeiras que, embora tenha feita excelente fase de grupos, viu o trabalho de Abel Ferreira ser muito criticado no Paulista e no Brasileirão. O Verdão, porém, chega embalado para as oitavas de final da Libertadores. O clube do Allianz Parque lidera o Brasileiro, não perde há cinco jogos e é favorito diante da Universidad Católica.
No Flamengo, a primeira fase não empolgou. O clube carioca oscilou, sofreu muitos gols e não parece ter evoluído muito. Tanto que a pressão só aumentou e culminou na demissão de Rogério Ceni, substituído por Renato Gaúcho, que comandará a equipe diante do Defensa Y Justicia.
Algo parecido aconteceu no Internacional, que também não agradou tanto na fase de grupos e, sem empolgar, também trocou de técnico: saiu Miguel Ángel Ramírez e chegou Diego Aguirre. O Colorado terá pela frente o Olímpia.
Grande xodó e surpresa da fase de grupos, o Fluminense se classificou com uma campanha muito boa. Após a paralisação na Libertadores, porém, o clube comandado por Roger Machado oscilou bastante e chega como incógnita para encarar o Cerro Porteño.
O Atlético-MG foi o clube que menos passou por mudanças no período sem a Libertadores. Dono da melhor campanha da primeira fase, o Galo vinha apresentando melhora jogo e jogo e manteve o viés de alta. A equipe mineira, porém, é quem tem um dos maiores desafios nas oitavas de final: o time comandado por Cuca enfrentará o Boca Juniors.
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