Mudança impediria que o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto, assuma confederação caso o atual presidente renuncie

Mudança impediria que o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto, assuma confederação caso o atual presidente renuncie

Enfraquecido por suspeitas de corrupção, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, sofreu uma derrota em votação para mudança do estatuto da confederação nesta quinta-feira (11). Ele não conseguiu aprovar a alteração imediata na regra que prevê que o vice-presidente mais velho da CBF assuma a presidência da entidade em caso o presidente deixe o cargo.

A reforma desta parte do estatuto da CBF foi defendida abertamente na segunda-feira pelo secretário-geral da entidade, Walter Feldman, braço-direito de Del Nero na condenação. A mudança impediria que o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto, assuma confederação caso Del Nero renuncie ou seja afastado do cargo.

Peixoto é inimigo político de Del Nero. Ele criticou abertamente o afastamento do ex-presidente José Maria Marin da entidade e já disse estar disposto a assumir a CBF caso suspeitas de corrupção culminem na destituição do presidente Del Nero.

O presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelleto, participou da assembleia. Disse que a mudança imediata na regra de sucessão da CBF foi rejeitada por unanimidade. "Não dava para mudar a regra do jogo com o jogo andando", justificou.

A assembleia da CBF, entretanto, aprovou a mudança na regra de sucessão em caso de vacância a partir do próximo mandato na entidade. A partir de 2019, portanto, o vice-presidente mais velho da CBF já não chega a presidência automaticamente em caso a presidência fique vaga.

A partir da próxima eleição também, passa a vigorar um limite de reeleição na CBF. O presidente eleito para um mandato de quatro anos só poderá se reeleger para mais um mandato de igual período.

Vale lembrar que, como a regra valerá só a partir da próxima eleição, o atual presidente Marco Polo Del Nero poderá ser reeleito em 2019 e disputar mais uma eleição em 2023.

Novelleto disse, aliás, que as federações estatuais concordaram em implantar limitações de mandatos internamente. Isso ainda depende de votações locais.

Foto: UOL

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