Estádio do Maracanã receberá 10% de sua capacidade para final do torneio. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Estádio do Maracanã receberá 10% de sua capacidade para final do torneio. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Após dias de negociação com a Conmebol, a Prefeitura do Rio de Janeiro liberou a presença de um público equivalente a 10% da capacidade total do Maracanã para a final da Copa América.

O público ficará sentado, cumprindo um distanciamento de dois metros entre cada pessoa. Além disso, a Conmebol ficará responsável por fazer teste de Covid-19 em todas as pessoas convidadas para o jogo, barrando eventuais pessoas que testarem positivo. Mas será que é hora?

Quando a Conmebol recorreu ao Brasil para receber a organização do torneio, após desistência de Colômbia e Argentina, autoridades brasileiras que foram favoráveis ao torneio reforçaram que não existiram problemas com relação a pandemia e que todas as regras sanitárias seriam rigorosamente obedecidas. A principal delas: estádios vazios.

Não bastasse todo o desrespeito de trazer uma competição internacional para um país que sofre com a pandemia absolutamente descontrolada, e com mais de 500 mil mortes causadas pela Covid-19, a Conmebol completa o ciclo macabro e desrespeitoso para com o Brasil levando público ao estádio do Maracanã para acompanhar a decisão entre Brasil e Argentina. Enquanto a crise sanitária assola nosso país, a entidade sul-americana receberá seus muitos convidados para “festejar” o encerramento de um torneio de nível técnico horroroso, sem grandes emoções, de gramados terríveis, de pouco interesse do torcedor e que pouco acrescenta ao futebol mundial.

É bom que se diga que algo semelhante aconteceu com a final da Libertadores passada, entre Palmeiras e Santos. A Conmebol convenceu a prefeitura do RJ a liberar cerca de 5 mil convidados na decisão vencida pelo Verdão. Ou seja: é um desrespeito reincidente.  

Os brasileiros morrem diariamente. São cerca de 2 mil mortes por dia. E a Conmebol ri de nosso povo. O Brasil chora suas milhares de perdas diariamente, e a entidade máxima do futebol sul-americano vai festejar com seus convidados, afinal, arrumar um “trouxa” para servir de palco para a Cova América, digo, Copa América. É isso mesmo! Eu, você, nossos familiares e amigos, e todas as mais de 500 mil pessoas que perderam suas vidas para a Covid-19 são feitas de otárias pela Conmebol, pela CBF, pelo governo federal e, claro, pela prefeitura do Rio de Janeiro. O Brasil perdeu essa final antes mesmo dela acontecer!

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