Após concordar em pagar fiança de US$ 15 milhões (cerca de R$ 57 milhões) às autoridades americanas, o ex-presidente da CBF José Maria Marin cumpre prisão domiciliar em um dos endereços mais cobiçados de Nova York.
Marin, de 83 anos, é proprietário de um apartamento na Trump Tower, um dos prédios mais luxuosos de Manhattan.
Acusado de envolvimento em um esquema de corrupção na Fifa, o ex-dirigente chegou a Nova York na terça-feira, após ser extraditado pelo governo da Suíça, onde estava preso desde 27 de maio.
Poucas horas depois de desembarcar na cidade americana, ele compareceu a um tribunal federal no bairro do Brooklyn, onde se declarou inocente. Marin estava acompanhado de advogados e da mulher, Neusa.
Atração turística
Com o pagamento da fiança, Marin poderá responder ao processo em prisão domiciliar no arranha-céu de 68 andares, localizado no número 725 da 5ª Avenida.
A duas quadras do Central Park, a Trump Tower é uma das atrações turísticas de Nova York.
O edifício foi construído em 1983 pelo magnata e atual pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos Donald Trump, dono de uma cobertura que ocupa três andares e é avaliada em US$ 100 milhões (cerca de R$ 381 milhões).
O apartamento de Marin não é tão espaçoso quanto o do bilionário americano.
Com 101 metros quadrados e uma suíte, a unidade teria sido comprada em 1989 por US$ 900 mil.
Atualmente, um apartamento de metragem semelhante na Trump Tower custa em torno de US$ 2,6 milhões (cerca de R$ 9,9 milhões), segundo corretores de imóveis em Nova York.
Vizinhos famosos
Além de Trump, Marin terá outros vizinhos famosos.
O jogador Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, comprou em agosto um apartamento de 233 metros quadrados no prédio por US$ 18,5 milhões (cerca de R$ 70,5 milhões).
Astro português comprou apartamento no local pelo equivalente a R$ 70,5 milhões
Situada em uma área de lojas exclusivas na 5ª Avenida, a Trump Tower é conhecida por seu lobby revestido de mármore rosa, que ocupa seis andares e é muito frequentado por turistas.
O espaço abriga restaurantes e lojas de artigos de luxo, entre elas duas Trump Stores, que vendem produtos relacionados ao proprietário famoso.
Os primeiros 26 andares do prédio são ocupados por escritórios. O restante, por apartamentos de luxo.
Para evitar a aglomeração de turistas, os moradores utilizam uma entrada privativa, na rua 56.
Conforto
Apesar das restrições a sua liberdade, Marin poderá contar com a estrutura do prédio, que inclui confortos como academia de ginástica e serviço de camareira.
Durante o tempo em que estiver em prisão domiciliar, o ex-dirigente deverá ser monitorado e não poderá manter contato com os outros investigados no esquema de corrupção na Fifa.
Marin é acusado de aceitar milhões de dólares em propina de empresas de marketing esportivo em conexão com a venda de direitos comerciais para a Copa América de 2015, 2016, 2019 e 2023 e para a Copa do Brasil no período de 2013 a 2022.
Sua próxima audiência no tribunal do Brooklyn está marcada para 16 de dezembro.
Foto: UOL
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