O futebol mudou tanto, mas tanto, que você não pode imaginar, por exemplo, alguém entrar em campo para disputar a Copa da Rússia com as chuteiras usadas por Pelé, na final de 1958.
Eram peças artesanais, rudimentares, rústicas, equipadas com bicos de aço, e reforçadas com pregos para dar estabilidade na sola. Feitas de couro puro, podiam pesar até um quilo em cada pé, em jogos na chuva.
Hoje em dia, Neymar e Cristiano Ronaldo ganharam chuteiras criadas pela Nike para usar na Rússia, batizadas Mercurial – Superfly 360 e Vapor 360 – criadas e moldadas especialmente para seus pés. O material é leve e hiper-resistente.
Se fosse possível mensurar, as novas chuteiras deveriam custar mil vezes o preço daquelas que emolduraram os pés do Rei Pelé, seis décadas atrás.
Mal comparando, é como se você resolvesse avaliar a qualidade daqueles primeiros aparelhos celulares, batizados como “tijolão”, e um IPhone X, o modelo mais caro da Apple, que equivale ao preço de um carro popular um ponto zero
Ou seja, Pelé era mesmo de outro planeta.
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